Empreendedorismo na gestão condominial

Comunicativa e organizada, Maria Margareth Stadnick foi indicada em julho de 2012 como síndica do Condomínio Residencial Stella Maris, no bairro Itacorubi, Florianópolis (SC), para concluir o mandato do então síndico e, logo em seguida, foi reeleita para o cargo. “Decidi assumir a administração do condomínio com o propósito de melhorar as condições das áreas comuns, a convivência entre os moradores e consequentemente valorização de nossos imóveis”, relata.
Buscando uma gestão com o envolvimento de todos, Maria Margareth convida pessoalmente os moradores para participarem das assembleias, buscando assim mostrar a importância do envolvimento de cada um e conduzindo os encontros de forma mais eficaz. “Com esta atitude estamos tendo a participação de moradores que nunca haviam ido às reuniões e resgatando aqueles que haviam desistido de ir”, comemora a síndica.
Para ela, é importante demonstrar aos proprietários dos imóveis que o valor do investimento deles, assim como a harmonia na convivência no dia-a-dia dependerá da maneira pela qual o condomínio está sendo administrado. “Sabemos que estamos vivendo um período em que as pessoas não querem se envolver em questões polêmicas e desgastantes, então precisamos ser objetivos nos propósitos e conduzir as reuniões com foco no que interessa. Pois, de que adianta você viver em um lugar, investir no imóvel, se o entorno não acompanha as expectativas e as taxas e rateios continuam subindo? Por isso é preciso participar para mudar”, relata.
Universidade
O interesse em aprimorar a gestão levou Maria a desenvolver o projeto de conclusão de curso de Administração da ESAG SENIOR, na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), abordando o setor condominial. “O que me motivou e norteou o projeto foi justamente tornar a minha função de síndica mais dinâmica e, assim, ter conhecimentos para atuar com mais ferramentas para redução de despesas, focar na sustentabilidade, que é um tema que defendo, e valorizar nossos imóveis, assim como melhorar a participação e a convivência entre os moradores. Desta forma, conciliei a administração do condomínio com meu projeto do curso da ESAG”, comenta Maria.
Como resultado do trabalho foi feita a análise do Demonstrativo de Resultados, para avaliar o balancete do condomínio e conferir as receitas e despesas para averiguar o que poderia ser feito para reduzir custos. Além disso, também foram implantados outros projetos específicos com foco em temas como: reciclagem, recursos humanos, segurança e modernização.
Participação dos moradores
A sustentabilidade ganhou destaque no edifício com um projeto de reciclagem e verificou-se a grande quantidade de lixo e desperdício de materiais do condomínio que poderiam ser reaproveitados. Após as conclusões, a síndica visitou a Companhia de Melhoramentos da Capital (COMCAP) e a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), para conhecer programas de reciclagem e receber orientações sobre a melhor forma de atuar. “Implantamos o projeto no condomínio com o slogan ‘lixo limpo e seco’. Para desenvolver a ação convidamos condôminos interessados em participar, montamos a estratégia, o material de orientação e o local para a reciclagem”, explica.
O acompanhamento dos temas foi realizado através de uma "Análise Horizontal", com observações mês a mês para verificar os custos e arrecadações. “Também implantamos um programa de utilização de áreas comuns para estacionamento de veículos onde aqueles que utilizam esse espaço pagam aluguel. Tudo isso elaborado por comissões e aprovado em assembleias”, descreve Maria. Além dos projetos, a síndica relata que também conseguiu atualizar a convenção do condomínio, datada de 1981, e o regimento interno.
Segundo a gestora, as melhorias, a participação e a satisfação dos moradores são visíveis no condomínio e confirmadas com os elogios à administração. “Ainda temos muito a fazer, mas algumas questões requerem recursos financeiros, e isso está incluído em um planejamento em médio prazo que foi previamente aprovado em assembleia com a inclusão de rateio entre os proprietários do condomínio. Mas caminhamos para atingir nossa meta”, conclui Maria Margareth.
Por Graziella Itamaro
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