Gestão de condomínios

  Síndico, subsíndicos e conselheiros apontam os desafios da administração do maior condomínio horizontal da Grande Florianópolis. Com o número de habitantes equivalente ao município de Rancho Queimado, o Condomínio...
03 de março 2013 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Síndico, subsíndicos e conselheiros apontam os desafios da administração do maior condomínio horizontal da Grande Florianópolis.

Com o número de habitantes equivalente ao município de Rancho Queimado, o Condomínio Terra Nova, em Palhoça, com cerca de 2.700 moradores, possui 1274 casas em uma área total de mais de 33 mil metros quadrados. É o maior condomínio horizontal da região da Grande Florianópolis.

A administração do residencial Terra Nova funciona como a de uma cidade que elege o prefeito, vereadores e secretários. Para manter tudo em ordem, o síndico Alex Guarneri tem o apoio de três subsíndicos, três conselheiros efetivos e três conselheiros suplentes. “Sou o primeiro síndico morador. Tivemos outras gestões de síndicos profissionais. Eu aplico a experiência que tenho como empresário e administro o condomínio como uma empresa, em que o trabalho em equipe prevalece”, conta Alex.

No entanto, mesmo contando com a experiência e uma equipe de trabalhadores, o síndico Guarneri enfrenta desafios e confessa que organizar todo o volume de ações não é tarefa fácil. “Sinto que me falta tempo, pois o empreendimento é grande. Nesses três meses como síndico, tive que dar manutenção em tudo o que estava abandonado”, confessa.

A área comum do condomínio Terra Nova possui três piscinas adultas e três infantis, três salões de festa, doze quiosques de churrasqueiras e nove quadras esportivas. “Tudo isso para manter limpo, conservado e ainda controlar o acesso dos usuários”, diz o síndico complementando que, para manter a área de 33 mil metros quadrados em ordem, o condomínio tem um contrato permanente com uma equipe de jardinagem que trabalha de segunda a sexta-feira aparando a área verde.

Trabalham para o condomínio 25 funcionários terceirizados, responsáveis pelo controle de entrada e saída de pessoas, limpeza, fiscalização e manutenção das áreas comuns. Essa equipe, por sua vez, é gerenciada por um funcionário de confiança encarregado da área de asseio. “É o meu gerente da empresa, meus olhos do condomínio. Como é impossível estar presente em tudo, ele me repassa a demanda”, explica o síndico.

O principal problema no residencial Terra Nova é consenso entre o síndico, os subsíndicos e conselheiros: a inadimplência. Para resolver a alta incidência de condôminos em dívida com o condomínio, os gestores contrataram recentemente uma empresa de contabilidade para executar o serviço de cobrança garantida. “Repassamos essa responsabilidade de cobrar para a empresa, a fim de resolver a questão”, conclui o síndico.

Participação

Outra dificuldade da gestão é reunir quórum de condôminos nas assembleias, conforme destaca o subsíndico Marlos André dos Santos: “O máximo que conseguimos é 10% de comparecimento. Esse número é baixíssimo para decidir tantas questões. É impossível agradar a todos e, dessa forma, menos ainda”. Segundo Marlos, os moradores perdem tempo discutindo temas de menos importância ao invés de participar dos debates para melhoria do condomínio.

Devido a sua extensão, o horizontal conta ainda com a Associação de Moradores Terra Nova Palhoça, que integra cerca de 170 moradores associados. O presidente da AMTNP, Jean Carlo Inácio, concorda com a deficiência na participação dos condôminos e explica que um dos principais motivos de desinteresse por parte dos moradores é a desinformação. “Muitos confundem o nosso condomínio com um bairro ou loteamento. Não entendem que há regras e que temos que zelar pelo patrimônio. Com isso eles participam menos e pensam que podem fazer o que bem entenderem”, sustenta.

Benefícios

Em compensação, morar em um condomínio grande também tem as suas vantagens. O presidente da Associação, Jean Carlo, destaca a boa interação entre os vizinhos. “Podemos deixar os filhos soltos brincando com outros amigos como fazíamos antigamente”, acrescenta. O grande número de contribuintes com o condomínio possibilita também a ampliação continua da área de lazer e infraestrutura. “Encaminhamos agora um projeto aos gestores para a instalação de uma academia da terceira idade”, informa Jean Carlo.

Segundo um dos subsíndicos do residencial Terra Nova, Marlos André, há ainda outros projetos coletivos, como a colocação de mesas para jogos de dominó, o plantio de árvores frutíveras, áreas de preservação permanente, além da implementação de uma biblioteca - ideia proposta por uma moradora. “Temos também uma moradora policial que dará palestras de conscientização sobre o uso de drogas. Esse tipo de participação dos condôminos agrega ao condomínio”, informa André.

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