Quando a insegurança está dentro dos condomínios

  Equipamentos de vigilância, como sistema CFTV (Circuito Fechado de Televisão), cercas elétricas e controle de acesso são medidas que ajudam a evitar a invasão de ladrões, mas não garantem...
13 de julho 2010 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Equipamentos de vigilância, como sistema CFTV (Circuito Fechado de Televisão), cercas elétricas e controle de acesso são medidas que ajudam a evitar a invasão de ladrões, mas não garantem total segurança do condomínio. Nem sempre a criminalidade vem de fora. Os condomínios não estão livres de ter em seu espaço tráfico de drogas feito pelos próprios moradores e violência doméstica. Para evitar esse tipo de problema, o síndico deve estar de olhos abertos e buscar apoio da Polícia Militar.

Um dos maiores condomínios da Capital, o Argus, em Coqueiros, já teve que vencer o comércio de entorpecentes. Na área que conta com 544 apartamentos e cerca de 2.000 moradores, o síndico Alberto Mercio Costa, considera o conjunto habitacional como um bairro. “É uma grande comunidade. Tem gente de tudo quanto é tipo”, explica. Segundo Costa, o condomínio já foi muito violento, principalmente porque havia um controle de acesso menos eficaz. Agora estão fazendo uma reforma no portão principal para ter maior controle de quem entra e sai.

Costa disse que se aproximou do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do local e participa das reuniões mensais. Ele discute com outros líderes comunitários e policiais soluções para o problema de segurança na região. “Buscamos sempre estar em diálogo com o posto da PM próximo do condomínio. Qualquer suspeita, alertamos os policiais, que nos ajudam muito”, expõe.

No condomínio Granville, o síndico Joel de Castro (Foto) , que é presidente do Conseg do bairro Trindade, na Capital, lembra que quando assumiu a gestão do residencial detectou um ponto de drogas dentro da área comum. “Dei uma de general. Disse para os rapazes de fora do condomínio, suspeitos de participar do comércio ilegal, que só poderiam entrar no condomínio com ordem por escrito dos moradores. Avisei aos que moravam aqui que se eu pegasse eles escondidos nos cantos chamaria a PM”, conta o gestor do condomínio de 442 apartamentos. São em torno 1.800 moradores.

“No condomínio já ocorreu agressão entre um casal, mas já chamei a polícia. Após as medidas, nunca mais tive problemas. Sempre autorizamos a PM entrar no prédio para fazer alguma ronda. Nos apartamentos, só podem entrar com ordem judicial, a não ser que aconteça um ato de violência”, explica Castro.

O major Geronimo Jorge da Silva, do Copom (Central de Operações da Polícia Militar), recomenda que em qualquer situação de violência ou suspeita de criminalidade, o síndico deve ligar para o número de emergência (190) ou o 08001717. Também pode procurar o posto policial mais próximo. “É importante ter um bom relacionamento com a polícia local, convidar os agentes para conhecerem o condomínio e os moradores. Outra ação é participar das reuniões do Conseg, pois é importante para o síndico estar bem encaminhados sobre ações de segurança”, aconselha. O major destaca que os porteiros têm que ser orientados para não tentar impedir a entrada dos policiais nos condomínios. Mesmo sendo um espaço privado, “o dever de zelar pela segurança do coletivo sempre prevalece”, ressalta.

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