Moradores atraem gatos de rua para o condomínio

Condomínio Residencial Coqueiros I enfrenta dificuldades com animais
Localizado em Florianópolis, o condomínio Residencial Coqueiros I tem enfrentado dificuldades com alguns gatos de rua circulando nas áreas comuns do condomínio. Alimentados por moradores, um grupo de felinos passou a frequentar diariamente o condomínio, gerando opiniões diversas sobre a atitude: “Acredito que atualmente são quatro ou cinco gatos, mas esse número já foi bem maior, pois algumas das gatas deram crias ao longo do tempo”, relata o síndico Henrique Paiva. Segundo Henrique alguns moradores persistiram em alimentar os bichanos na área comum colocando rações e potes de água em diferentes pontos do condomínio e, apesar de orientados a adotar os animais e alimentá-los dentro de suas residências, continuaram a tratá-los nas áreas comuns. “Além das rações que ficam jogadas no chão, os gatos defecam nos jardins do condomínio, e o que é pior, no parque das crianças, abrindo caminho para doenças”, revela Paiva.
O comportamento levou a administração do condomínio a emitir um comunicado informando que é proibido alimentar animais nas áreas comuns. “Esses moradores ficaram ofendidos com o comunicado e com a administração do condomínio. Mas há vários outros moradores que apoiam a decisão. Inclusive, em algumas reuniões o assunto foi tratado de forma que a administração tomasse providências para retirar os bichos do condomínio”, diz o síndico. Henrique explica que o regimento do condomínio determina que é um direito dos condôminos usarem das partes comuns do edifício, desde que não impeçam ou perturbem idêntico uso e gozo pelos demais moradores. “Embasados no regimento, orientamos os moradores a não alimentarem os gatos para que estes, por instinto, procurassem outros locais, pois segundo os órgãos de defesa dos animais o bicho considera como residência o local onde é alimentado”, relata.
Segundo o síndico, não é objetivo causar maus tratos aos animais, mas foi necessário orientar os moradores que, caso sentissem a necessidade de manter os bichos, que o fizessem na área privada dos apartamentos. “Explicamos que as fezes, tanto como a presença desses animais podem trazer uma séria de doenças como alergia respiratória, toxoplasmose e micoses. Diariamente são recolhidas muitas fezes dos gatos no parquinho, bem como em diferentes áreas do condomínio”, descreve Henrique.
O caso foi polemizado com a divulgação de matéria em uma rede social, levando a interpretações diversas por parte de moradores que julgaram que a administração estava maltratando os animais. Porém, Henrique reafirma que em nenhum momento houve maltrato aos bichanos, como foi divulgado, apenas foi solicitado que os moradores não deixassem as rações em áreas comuns do condomínio. Para Evandro Schutz, psicólogo e morador do condomínio há 32 anos, estão utilizando um local que é de todos para criar os gatos de rua e os demais moradores têm de conviver com a situação. “Entendo a necessidade do ser humano em ter um animal de estimação e sou a favor desta relação. Porém, acredito que colocar o direito individual acima do coletivo é uma falta de responsabilidade e desrespeito com os outros”, afirma Schutz. Segundo o morador, o fato de a pessoa gostar de animais lhe dá o direito de criá-los dentro do apartamento privativo e não no espaço púbico do condomínio, colocando crianças e adultos em risco, já que os bichos de rua oferecem riscos à saúde.
O gerente da diretoria de Bem-Estar Animal da Prefeitura Municipal de Florianópolis, João Eduardo Pereira Cavallazzi, explica que a Prefeitura não recolhe esses animais e que a responsabilidade deve ser do condomínio, de manter o local protegido e fechado para não deixar que os animais entrem. “Os animais entram em busca de comida, por isso se não for permitido alimentá-los eles buscarão, por instinto, alimento em outro lugar”, esclarece.
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