Furto de cobre: prejuízos para os condomínios

Nos últimos meses, os condomínios de Coqueiros - região continental de Florianópolis – estão sendo obrigados a conviver com um delito que se intensifica dia-a-dia e causa prejuízos consideráveis: o furto de cobre. Os criminosos agem à noite e violam todos os equipamentos que contêm cobre: cabos de pararraios, hidrômetros e até fios dos postes das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), que fornece energia aos prédios.
No Condomínio Athobá, a síndica Eliane Patussi relata duas ocorrências e uma tentativa de furto do material. “Na primeira, os bandidos subiram no eletroduto e cortaram o cabo de descida do pararraio, depois mexeram no refletor e por último vimos quando cortavam o fio da cerca elétrica. Gritamos e eles fugiram”, conta. De acordo com a síndica, o prejuízo ao condomínio foi de aproximadamente R$ 1 mil. “Registramos o Boletim de Ocorrência, espero que não aconteça novamente”, diz.
O síndico Marcos Monteiro, do Condomínio Edifício Milano, denuncia quatro ocorrências de furto de cobre no prédio. “Eles violaram o hidrômetro e arrancaram duas vezes os cabos do pararraio. Na terceira ação resolvemos substituir o material de cobre do equipamento pela chapa de alumínio e não aconteceu novamente”. O prejuízo ficou em torno de R$ 600. Segundo Monteiro, o condomínio teve também que providenciar grade de proteção para o medidor da Celesc para evitar os furtos.
Segurança pública
De acordo com o tenente coronel Mauro da Silveira, do 22º Batalhão da Polícia Militar, nos meses de março e abril houve seis flagrantes, com encaminhamento para prisão. “Fazemos a nossa parte. Tiramos de circulação e damos encaminhamento”.
Segundo o delegado da 4ª DP, Walter Loyola, a ação da Polícia Civil nos últimos meses foi intensificada. “Realmente registramos bastantes ocorrências. Na segunda semana de maio, representamos duas prisões e há um mandado em aberto”, informa.
Entretanto, por inexistir potencial ofensivo no crime, os bandidos acabam voltando para as ruas. O coronel Silveira explica que esse delito é praticado, geralmente, por dependentes químicos. “Eles roubam o cobre para sustentar o vício. Não existe estrutura para tratamento. Não temos para onde encaminhá-los”, diz.
Dicas
- Ao verificar qualquer elemento estranho ou movimentação suspeita no condomínio avise à polícia.
- Instale câmeras e certifique-se de que estão posicionadas adequadamente para a identificação do invasor. A visualização ajudará na investigação policial.
- Crie aparatos que dificultem o acesso dos bandidos aos equipamentos.
- Proteja o acesso à área do condomínio, inclusive, os cabos de fiação.
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