Reflexo da falta de segurança em muitas localidades, a instalação de grades em apartamentos do primeiro andar tem sido uma opção encontrada para evitar roubos e até mesmo acidentes com crianças.

No entanto, apesar de as grades garantirem proteção aos moradores, é visível seu impacto nas fachadas dos edifícios e, por isso, as instalações devem ser feitas com critérios, pois grades em locais como estes requerem autorização do condomínio e acompanhamento especializado.

A permissão para a instalação das grades de proteção varia de acordo com cada edifício e, caso haja necessidade de instalação, a convenção pode ser alterada de acordo com as necessidades e vontades dos condôminos.

No condomínio Sol e Mar, em Florianópolis, a instalação de grades não é considerada alteração na fachada, não tendo previsão no regimento nem na convenção que proíba a prática. “Conforme pesquisei, mesmo em condomínios onde existe a expressa proibição de instalação de grades, judicialmente, na maioria dos casos, é permitido que o morador faça a instalação” relata o síndico Jarrie Nichele Almeida.

De acordo com Almeida é necessária apenas a autorização ou o aviso ao síndico como em qualquer outra reforma, pois devem ser tomadas medidas de proteção com relação a automóveis e à circulação de pessoas, para evitar acidentes. “Sugerimos que sejam instaladas nos moldes que já existam, porém não temos um padrão que deva ser seguido” explica.

Proteção

No condomínio Eleusa Maria, em São José , a instalação de grades também não é considerada uma alteração da fachada. “Não consideramos como alteração por se tratar de uma proteção necessária. No entanto, sugerimos que os moradores deem preferência à implantação de um sistema de segurança individual por apartamento, como o de alarme com sensor perimetral. Esteticamente fica muito melhor e o proprietário pode tomar providências caso ocorra uma violação da sacada ou entrada principal”, relata o síndico Adriano Pessoa.

Segundo ele, da mesma forma o síndico deve ser consultado sobre essa instalação para que sejam padronizadas cores e modelos. “É necessário uma padronização para que se mantenha a estética do condomínio”, explica Adriano.

(Matéria originalmente publicada em 04/04/2014)