Lei poderá proibir publicidade nas fachadas de Florianópolis

Seguindo o exemplo de outras capitais, o excesso de comunicação visual: cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas e outras mídias externas espalhados pelas ruas também tem sido tema de debate na capital catarinense.
A insatisfação com a descaracterização do espaço urbano levou a criação, em 2011, do Movimento Floripa Cidade Limpa. O objetivo do grupo é a aprovação de uma lei que normatize a exposição de mídia visual externa, seguindo o exemplo de outras cidades brasileiras, como por exemplo, São Paulo. “Nossa proposta é exigir dos Poderes, Executivo e Legislativo, uma lei rigorosa em relação ao aspecto visual da cidade em que moramos, já que, ano a ano, o que vemos é a degradação visual da cidade, em total desrespeito à sua natureza e arquitetura”, explica Paula Bragaglia, uma das organizadoras do Floripa Cidade Limpa.
Tramitação
Apartidário e composto por 16 integrantes, o Movimento está acompanhando constantemente, junto à Câmara de Vereadores e à Prefeitura, o andamento do Projeto de Lei de Paisagem, também conhecido como “Cidade Limpa". “Acreditamos que o Projeto de Lei possa ser votado ainda neste ano”, relata a organizadora. De acordo com o Movimento, até o momento, já foram coletadas 6 mil assinaturas favoráveis ao projeto. “Acreditamos que o cidadão deve ser respeitado em seu direito de enxergar a cidade. Diante de tantas possibilidades indoor, a rua não deve ser mais o espaço adequado para isto”, argumenta Paula Bragaglia.
Renda extra para condomínios
Localizado no Centro de Florianópolis, o Edifício Presidente aluga sua fachada para publicidade. De acordo com a síndica Mariah Salles, a cessão do espaço foi aprovada antes da sua gestão e a renda extra contribui com pequenas despesas do condomínio permitindo melhorias e benefícios para os moradores. “O aluguel garante uma boa renda para o condomínio, que podemos colocar no fundo de reserva, e cobrir algumas despesas do edifício”, explica Mariah.
Mas na opinião da síndica, o movimento é positivo. “A mídia visual externa desregulamentada, sem dúvidas, suja a cidade. È muito comum ver cartazes, banners e outras propagandas sem qualquer critério de apresentação e colocados em qualquer lugar, sem o mínimo de infraestrutura. Por esta razão, sou a favor da aprovação da lei e se der certo acho que temos muito a ganhar com esse projeto”, declara. Por Graziella Itamaro
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