Gestão condominial não tem espaço para excesso de ação ou omissão

O mercado condominial é muito mais sobre pessoas do que apenas imóveis.
29 de julho 2022 | Atualizado em 12 de julho 2024

O mercado condominial é muito mais sobre pessoas do que apenas imóveis.

Por isso, sempre tratamos sobre assuntos delicados das relações condominiais, tais quais, evidenciamos o conflito que há entre o interesse individual versus o interesse coletivo, ou ainda, o interesse de uma minoria versus o interesse da maioria. Nesse sentido, já trouxemos as questões sobre pessoas com necessidades especiais, mulheres, crianças, dentre muitos outros assuntos.

É muito latente a responsabilidade do síndico como gestor e líder daquela sociedade chamada condomínio. Isso acontece com todos que possuem algum cargo que lhe colocam a frente de uma massa, onde, tanto a sua ação, quanto a sua omissão, pode impactar diretamente na vida de pessoas e famílias, neste caso, nos condôminos que compõem o condomínio. Isto não diz respeito, tão somente, ao que a lei lhe imputa como responsabilidade, mas sim em ter ciência que ser síndico é ser responsável por gerir relações, pessoas e não apenas o imóvel.

Para exercer o cargo de síndico nos dias atuais, com a crescente profissionalização do mercado condominial, ser um bom síndico é exercer a função com boa vontade, defender os interesses da coletividade, comunicar-se com clareza e mediar conflitos com imparcialidade e em detrimento das suas convicções pessoais – muitas vezes.

O síndico tem responsabilização tanto no âmbito civil quando criminal, tais quais exemplificamos: prejuízo a condôminos ou terceiros, displicência perante o controle da inadimplência, calúnia, difamação e injuria, apropriação dos fundos condominiais, negligencia na administração dos funcionários e verbas trabalhistas, dentre outras.

Muito além das atribuições legais imputadas ao síndico, este precisa munir-se de organização, estratégia, liderança, comunicação, firmeza, tomada de decisão, confiança, honestidade e clareza, não é uma tarefa fácil, exercer a função de síndico com equilíbrio, necessita ter parceria e empatia com a comunidade condominial que representa.

Para o condomínio é muito importante optar pela eleição de um representante que coadune com o que os anseios da coletividade, analisar as vantagens e desvantagens que o perfil do pretendente a síndico e verificar sua capacitação para realizar as atividades inerentes a função.

Viver em condomínio é fundamental entender os limites, agir com bom senso e respeito.

Fernanda Machado Pfeilsticker Silva é advogada, pós-graduada em Direito Imobiliário, Negocial e Civil e pós-graduada em Direito Processual Civil. Atua na área do Direito Imobiliário, ramo condominial.

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