Curva perigosa no caminho do síndico profissional

O especialista na função de síndico, conhecido popularmente como síndico profissional, não é mais uma novidade, mas sua participação no mercado comparado ao número de síndicos orgânicos ainda é uma representação tímida.
03 de março 2021 | Atualizado em 12 de julho 2024

O especialista na função de síndico, conhecido popularmente como síndico profissional, não é mais uma novidade, mas sua participação no mercado comparado ao número de síndicos orgânicos ainda é uma representação tímida.

Podemos afirmar que a presença desse profissional varia muito de região para região de nosso país. E que a recepção do público que o adota, a massa condominial, passa por momentos diferentes do ciclo de mercado conhecido como Curva da Inovação.

Mas o que é a Curva da Inovação?

Em 1962 Everett Rogers, um professor americano da Universidade do Novo México, desenvolveu a teoria da difusão da inovação e dividiu o público que adota uma determinada inovação em cinco categorias: inovadores (2,5%), adotantes iniciais (13,5%), maioria inicial (34%), maioria tardia (34%) e retardatários (16%).

Essas porcentagens descritas ao lado de cada categoria delimitam em que momento da curva da inovação o síndico profissional está. Sendo assim, se determinada região possui 5% de síndicos profissionais ela já superou o perfil dos condomínios inovadores e está localizada no início dos condomínios adotantes iniciais. O estudo da Curva da Inovação é relevante para que o síndico saiba como se comporta diante de seu público, sobretudo no momento de prospectar novas oportunidades de atuação.

Inovadores (2,5%) - São uma minoria muito importante, e podemos considerar que o conceito de Síndico Profissional já atingiu esse patamar em grande parte das regiões de nosso país. Essa categoria é formada por grupo de pessoas que são pioneiras e não têm medo de pagar o preço do pioneirismo, mesmo sabendo que as novidades têm um custo mais elevado por haver uma menor oferta e nenhum histórico de sucesso ou fracasso.

Adotantes Iniciais (13,5%) - Neste momento o síndico profissional conquistou um público que tinha como uma pequena referência os Inovadores, e que se permitiu avaliar a experiência de casos de sucesso para tomar a sua decisão. Esse público é considerado um influenciador de tendências e sua experiência pode determinar o sucesso ou fracasso de um mercado.

Maioria Inicial (34%) - Considero que o mercado para síndicos profissionais na próxima década alcançará essa categoria de público. É nesse momento que todo produto e serviço ganha popularidade. Nesse momento da curva o mercado enxergará com clareza os benefícios da gestão de um síndico profissional em comparação com uma gestão de voluntariado típica dos síndicos orgânicos.

Maioria Tardia (34%) - Estamos muito longe de alcançar esse patamar. Esse perfil de público é aquele que não é influenciado pelos demais públicos e só aderem à ideia por verdadeira falta de opção ou benefício financeiro. É aqui que veremos uma desvalorização dos honorários do síndico devido ao aumento da oferta e popularização da função.

Retardatários (16%) - Os últimos 16% do mercado talvez não serão atingidos, já que a função de síndico de origem orgânica sempre existirá, preservando a máxima de que o síndico profissional será sempre uma boa opção caso não haja ninguém entre o quadro de condôminos que possa se voluntariar. E como o exercício da função de síndico de forma orgânica é a forma embrionária de muitos síndicos profissionais, ela sempre existirá e durante muito tempo dominará.

Rogério de Freitas, graduado em Administração de Empresas, pós-graduado em Marketing e Gestão Empresarial, Síndico Profissional.

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