Os cinco pilares da administração

Há exatos 27 anos eu iniciava minha jornada acadêmica na faculdade de administração. Tradicionalmente a primeira cadeira que tivemos acesso na primeira aula foi ITGA (Iniciação para Teoria Geral de Administração).
Lembro como se fosse hoje dessa primeira aula, onde a professora Isabela ministrou sua aula magna com o seguinte questionamento: “Qual a definição de ADMINISTRAÇÃO?” Claro que nenhum dos 40 colegas de classe responderam a questão de forma satisfatória aos padrões de um conceito acadêmico. E cansada de ouvir divagações de um bando de estudantes imaturos a professora nos apresentou o seguinte conceito:
Administrar é planejar, reunir recursos, executar, controlar e avaliar.
A apresentação de um simples conceito dividido em 5 etapas no primeiro dia de aula nos trouxe duas realidades: a primeira era que até aquele momento não tínhamos ideia do que pretendíamos com aquele curso; a segunda, que iríamos passar os próximos anos lapidando e se aperfeiçoando em cada etapa daquele simples conceito. Porém não fugimos do clichê do aperfeiçoamento contínuo após concluída a etapa de graduação. E 12 anos depois de formado me vi exercendo uma função que, mais do que nunca, me obriga a realizar e aperfeiçoar o exercício de planejar, reunir recursos, executar, controlar e avaliar.
Na seara condominial como podemos enxergar essas etapas, como contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo de um modelo de gestão praticável e replicável?
Planejamento - É aquilo que emerge do campo das ideias com o firme propósito de se tornar realidade. Planejar nada mais é que identificar um ou mais objetivos e predefinir um percurso futuro para alcançá-los. O grande desafio nessa etapa é escolher recursos que estão ao nosso alcance para atingir esses objetivos.
Reunir Recursos - Definidos os recursos necessários na etapa anterior do planejamento, passamos para a etapa de reunião desses recursos. Muitas vezes essa função se define simplesmente como sendo uma questão de ordem ou organização. Outras como uma questão de aquisição ou contratação. Outras ainda como uma questão de captação ou capitalização. E recorrentemente todas estas questões juntas.
Executar - “Quem sabe faz a hora não espera acontecer.” Fazer acontecer na minha opinião é a linha tênue da gestão. De nada adianta as etapas anteriores se não chegarmos nessa etapa. E podemos afirmar que as etapas posteriores serão mera consequência dessa. Porém, há muitas formas de fazer acontecer ou provocar uma ou várias ações intencionais em direção aos objetivos traçados. Podendo ser elas de forma designada, o que exige uma habilidade de direção, ou de forma autônoma, o que exige muitas habilidades de execução.
Controlar - Gosto de enxergar essa etapa como muito mais que um esforço e sim como um poder. O poder de assegurar que aquilo que foi planejado está sendo executado em direção ao objetivo pretendido. É fazer não só como se queria fazer, mas fazer de forma que se atinja o planejado.
Avaliar - Essa etapa eu não vejo como uma simples constatação se o objetivo pretendido foi ou não alcançado, mas sim como uma retroalimentação de toda a cadeia dessas etapas, onde podemos responder se aprendemos com o que realizamos, ou se fossemos realizar novamente faríamos da mesma forma.
Caros colegas, espero que essa forma de enxergar um modelo de gestão faça eco no coração de vocês. E que contribua muito para o seu modelo de sindicatura.
Rogério de Freitas é graduado em Administração de Empresas, pós-graduado em Marketing e Gestão Empresarial e Síndico Profissional
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