Central de gás ou botijão?

O dilema do sistema de gás em condomínios antigos
29 de junho 2022 | Atualizado em 12 de julho 2024

O dilema do sistema de gás em condomínios antigos

Que de modo geral, a utilização de botijões de gás (P13) em condomínios é proibida, quase todo mundo já sabe, mas como proceder quando uma edificação, geralmente residencial e antiga, têm em suas instalações esse sistema e recebe do CBM - Corpo de Bombeiros Militar a determinação de adequação conforme as normas atuais?

Com relativa frequência nos deparamos com casos como esse e, é fundamental que o condomínio seja orientado por uma empresa especializada, para que o Responsável Técnico possa indicar o “melhor caminho” a ser seguido, respeitando as normas em vigor, as particularidades de cada edificação e a demanda apontada pelos moradores.

Em casos muito específicos, existe a possibilidade de se manter os botijões nos apartamentos (sempre com o aval do CBM), mas na maioria das vezes o condomínio precisa tomar a decisão de como se adequar a esta exigência.

Vale recordar que todos os sistemas do PCI - Preventivo Contra Incêndios são normatizados, havendo uma IN – Instrução Normativa correspondente para cada tema. Assim, podemos observar mais uma vez, a importância do atendimento às questões técnicas em conformidade à legislação vigente.

Quando a opção é instalar a CGC – central de gás, os itens mais importantes referem-se ao atendimento do que está disposto em projeto aprovado pelo CBM, das normas técnicas de instalação, a qualidade dos materiais e serviços escolhidos, e ainda ao teste de estanqueidade do sistema.

No âmbito das alternativas, para casos como esse, existe uma tendência crescente de indicação do uso de fogões elétricos nos apartamentos, pois além de eliminar a necessidade da CGC, também dispensa a instalação das AVP – ventilações permanentes (que são itens necessários em edificações que possuem gás em suas instalações). Ainda, e não menos importante, o fogão elétrico traz muito mais segurança, praticidade e até mesmo economia para os moradores.

Outro ponto que serve de alerta para quem opta por esta atualização através do fogão elétrico (por resistência ou por indução), é que deve se atentar a capacidade e às condições do sistema elétrico da edificação, dos apartamentos e ainda, ter atenção para instalação do eletrodoméstico com os critérios técnicos necessários, incluindo circuito específico e fiação de bitola especial, o que naturalmente trará mais segurança aos imóveis e por consequência, aos moradores.

No que diz respeito a gestão condominial, muitas são as vantagens a serem consideradas: além de este ser um trabalho mais seguro, pois não mexe com gás, a praticidade da obra (evitando quebras nos apartamentos e tubulações externas) e até mesmo a economia (pois os custos costumam ser menores, se comparando a instalação de todo um sistema de gás canalizado), são pontos que devem ser estudados, pautando a melhor decisão.

Néia Lehmkuhl é Administradora, Especialista Pós-graduada em Gerenciamento de Projetos, Pós-graduada em Gestão da Segurança Contra Incêndio e Pânico, Pós-graduada em Gestão da Qualidade e Gerente de Projetos na Portal Sul Energia.

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