Água estagnada merece análise

  Em prédios de cidades litorâneas e que recebem a maior parte dos condôminos no verão, ocorre da água ficar parada por muito tempo nas cisternas e caixas da água,...
22 de janeiro 2014 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Em prédios de cidades litorâneas e que recebem a maior parte dos condôminos no verão, ocorre da água ficar parada por muito tempo nas cisternas e caixas da água, já que o consumo é elevado em cerca de três meses e caí consideravelmente no restante do ano. No período em que o líquido fica estagnado, o nível de cloro pode baixar rapidamente. Para evitar problemas, a Vigilância Sanitária de Balneário Camboriú recomenda que se faça a limpeza dos reservatórios antes da temporada.

Outra sugestão é a realização da análise da água para verificar se os níveis de cloro estão de acordo com a legislação. A portaria 518/04 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que a água tenha níveis residuais de cloro entre 0,2 mg/l e 2 mg/l, a turbidez não pode ultrapassar 5 UT, e o PH deve ser entre de 6 a 9,5. Coliformes totais têm que ser ausentes. Segundo a bioquímica da Vigilância Lia Ritzmann, os condomínios podem solicitar a análise no próprio setor do município.

Ela lembra que a vedação da cisterna e caixa da água é outro fator indispensável para garantir a proteção. O bioquímico da Casan, Luis Carlos Gomes, diz que se o prédio estiver com a água armazenada de forma protegida, mesmo que esteja estagnada, a água é segura. Um fator que contribui para minimizar a segurança no reservatório é que geralmente as cisternas ficam ao nível do solo, “o certo seria estar acima. Tem vezes que a qualidade está reduzida devido ao posicionamento delas”, agrega.

Para ter certeza da qualidade, o funcionário da concessionária também aconselha que, antes de aumentar o fluxo de condôminos no edifício, se faça a análise da água, principalmente bacteriológica. “Pode contratar empresa ou profissional, químico ou bioquímico”, observa. Ele alerta que na atual conjuntura, não podemos nos dar o luxo de descartar água, no caso de dúvidas na potabilidade. Por isso, é inviável “simplesmente esvaziar e encher com água nova. O caminho é desperdiçar o mínimo”, destaca. Gomes explica que, se a água estiver com problemas bacteriológicos, pode-se fazer um tratamento com cloro.

Filtros de entrada

Segundo a bioquímica da Vigilância Sanitária de Balneário Camboriú Lia Ritzmann, a rede pública de água não é algo estável, por isso quando a entidade faz a medição da qualidade do líquido são escolhidos pontos de coleta em várias regiões da cidade.

Muitas vezes o problema da potabilidade da água vem do próprio tratamento da concessionária. Em Florianópolis, no mês de setembro, análises feitas em pelo menos três pontos diferentes apontaram que a água distribuída estava com excesso de alumínio. A Casan informou que o problema foi causado pela danificação de dois filtros da estação de tratamento do Rio Cubatão, na cidade de Santo Amaro, responsável por abastecer parte da Capital. A concessionária prometeu consertar o equipamento até o final do ano.

Para garantir a segurança da água no condomínio, muitos prédios têm buscado instalar um filtro no cavalete de entrada do edifício. De acordo com o gerente financeiro da empresa representante dos Filtros Europa em Balneário Camboriú Francisco Menezes Dias, o equipamento serve para reter impurezas como ferrugem, lodo e limo. Desta forma, contribui para garantir maior vida útil aos componentes de máquinas de lavar roupas e lavar louças, resistências de chuveiros e torneiras elétricas, diminuir a necessidade de manutenção em reservatórios, maior confiabilidade ao lavar os alimentos e até mesmo ajuda a deixar as roupas mais brancas. A CMC, distribuidora da linha Europa na Grande Florianópolis, observa que os sistemas de purificação empregados pela marca são indicados para água previamente tratada e utilizam a tecnologia Hollow Fibre, fibra oca, que não deixa passar bactérias por possuir mais de 400 bilhões de microfuros com 0,3 mícron.

Matéria originalmente publicada no Jornal de Condomínios de Novembro de 2008

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