Captação de água da chuva

São raros os prédios que fazem algum tipo de comunicação com o público externo do condomínio: isso é o que destaca o Edifício Carolina, no bairro Centro, em Criciúma (SC). “Condomínio ecologicamente correto – Utilizamos água da chuva para manutenção.”, diz a placa afixada na fachada do residencial, localizado na movimentada Avenida Victor Meireles, próximo ao Corpo de Bombeiros da cidade.
“E por causa da placa alguns síndicos vieram buscar informações sobre como fazemos essa captação”, comenta Eunice Oliveira, síndica há três meses, e subsíndica nos dois anos anteriores. A iniciativa de utilizar a água da chuva partiu de uma ideia apresentada por ela e seu marido, há quatro anos. “Estávamos com uma caixa d’água parada, depois de uma reforma, e resolvemos sugerir essa mudança na assembleia.
Todos aprovaram”, informa a síndica, lembrando de que e a redução do valor da conta de água e esgoto foi recebida com satisfação pelos moradores. Ela conta que a água da chuva captada por calhas e direcionada à caixa é usada para a limpeza de áreas comuns do edifício.
Aviso
A síndica explica que a placa externa foi colocada para evitar que a água fosse consumida, já que existe uma torneira na rua utilizada para a limpeza das calçadas. “Foi preciso avisar que não era água potável e a informação repercutiu positivamente, pois passamos a conhecer outros síndicos de prédios vizinhos interessados no sistema”, disse, aprovando a rede de contatos que foi feita a partir dessa iniciativa.
Segundo Eunice, todos devem se preocupar com o uso desse recurso natural tão imprescindível. “Essa economia é muito importante e o custo para execução foi muito baixo se comparado com o retorno que temos”, ressalta.
Preocupação com a qualidade
Em relação à água que chega à casa dos moradores, a síndica Eunice periodicamente faz uma coleta na cisterna do prédio e encaminha o material a um laboratório especializado em avaliar a qualidade. “É apenas mais uma forma de ter tranquilidade para usufruir da água utilizada nos apartamentos, como para lavar uma salada e cozinhar”, disse, lembrando que pelo menos uma vez por ano o teste, que custa R$ 35, é realizado. “Neste último, por exemplo, encaminhei uma cópia do laudo para cada morador, pois indicava a ótima qualidade da água distribuída”, conclui.
Como funciona
No Edifício Carolina, há aproximadamente quatro anos, um reservatório foi instalado no alto do prédio, onde calhas direcionam a água da chuva. Em seguida, foi feito o encanamento que leva essa água a duas torneiras, uma na garagem e outra na parte externa do condomínio. A água captada, por não receber tratamento, é então utilizada para a limpeza de ambientes comuns do prédio, como a garagem e as calçadas.
Por Soraya Falqueiro / Criciúma
Se você gostou do conteúdo, não esqueça de compartilhar:
Está procurando Fornecedores?
Aqui você encontra
Todos os direitos protegidos e reservados | Faça contato com a Redação
Deixe o seu comentário
Nenhum comentário registrado