Atrás da Sustentabilidade

  Cercado pelo verde da Mata Atlântica, a pouco mais de um quilômetro do mar, o condomínio horizontal Praia Brava, localizado na praia de mesmo nome, em Itajaí, não nasceu...
31 de maio 2013 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Cercado pelo verde da Mata Atlântica, a pouco mais de um quilômetro do mar, o condomínio horizontal Praia Brava, localizado na praia de mesmo nome, em Itajaí, não nasceu com o conceito de ser sustentável há 10 anos. Porém, com o passar do tempo, o condomínio foi implantando itens que conferem relativa sustentabilidade ao empreendimento, como contar com uma estação de tratamento de esgoto, fazer a reciclagem de lixo, a compostagem de material orgânico residencial oriundo de podas e restos vegetais, buscar o recolhimento de óleos vegetais saturados e utilizar medidores individuais em cada uma das 42 residências do condomínio.

Localizado na Avenida Márcio Ferreira de Mello e Silva, o condomínio Praia Brava se assenta sobre uma pequena planície que tem trechos considerados de preservação permanente. A síndica Maria Regina Cordeiro afirma que o condomínio não foi criado com o objetivo de ser sustentável, até porque 10 anos atrás, quando da construção do empreendimento, não se falava tanto em construções ecologicamente corretas. No entanto, desde 2003, a área de preservação recebe manejo constante e não são utilizados quaisquer produtos agroquímicos no paisagismo e limpeza de áreas comuns.

“Não fizemos captação da água da chuva, mas a nossa água vem de poço artesiano, que conta com ligação direta com uma cachoeira que tem em meio à mata. Essa água não abastece as casas, mas sim as áreas comuns do condomínio, assim como disponibilizamos essa água através de uma torneira do lado de fora do condomínio para abastecer a comunidade do entorno”, explica Maria Regina.

O condomínio tem ainda uma horta orgânica, que produz hortaliças, condimentos, ervas medicinais, mudas florestais e diversos pomares. “Não somos 100% sustentáveis, mas trabalhamos pontos importantes de sustentabilidade e de cuidados ambientais”, diz.

Reciclagem

O condomínio horizontal Praia Brava conta também com sistema de reciclagem do lixo, que é coletado internamente e separado de acordo com o tipo de resíduo. Em relação ao lixo, observa a administradora do condomínio de 891.651,00 m² que são feitas frequentes campanhas de conscientização dos condôminos, principalmente das crianças.

O trabalho se dá através de palestras e informativos que buscam exemplificar e mostrar a importância do descarte correto de papéis, alumínios, plásticos e materiais orgânicos. “Pilhas e baterias também têm um espaço exclusivo para o descarte”, acrescenta a síndica.

A pintura da estrutura das residências do condomínio em sua maioria é em cores claras, entretanto, isso não é uma recomendação do condomínio, sendo algo particular dos moradores que buscam na claridade das construções um pouco de economia na energia elétrica. O espaço do condomínio é arborizado e amplo, com as casas têm grandes janelas e ventilação cruzada. Dessa forma os aparelhos de ar condicionado, por exemplo, não são tão essenciais como na vizinha Balneário Camboriú e seus gigantes de concreto. “Utilizamos lâmpadas econômicas, que fazem diferença no preço final da energia elétrica. Os medidores de luz são individuais, cada residência tem o seu”, expõe Maria Regina, lembrando que a estação de tratamento de esgoto trata 100% dos resíduos coletados.

Estudos ambientais

O condomínio conta ainda com trilhas ecológicas, com identificação de fauna e flora, e serve muitas vezes de espaço para pesquisa e estudos ambientais por professores e acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Maria Regina entende que o futuro das construções precisa passar por cuidados especiais com o meio ambiente e a sustentabilidade. Inclusive, ela acredita que o condomínio ainda tem muito a melhorar na questão de ser sustentável. Contudo, aposta a administradora do condomínio, o tempo permitirá que cada vez mais o empreendimento tenha uma postura preservacionista. “Chegaremos a níveis mais altos de sustentabilidade, sem dúvida”, conclui Maria Regina Cordeiro.

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