Síndicos exigem mais segurança pública
Participação em conselhos comunitários é um caminho para buscar mais segurança em condomínios.

Síndicos entregam abaixo-assinado em reunião com autoridades públicas no Plaza di Roma
Participação em conselhos comunitários é um caminho para buscar mais segurança em condomínios.
Um provérbio diz que “a união faz a força”. Em se tratando da segurança dos condomínios de Florianópolis, o ditado popular pode ser aplicado em iniciativas eficientes e práticas. Foi o que fez a síndica Helena Martins, que administra o Condomínio Plaza di Roma, no Itacorubi, em Florianópolis, e liderou a criação de um abaixo-assinado pedindo melhorias de estrutura na segurança pública do bairro. A ação de Helena representa o caminho mais curto entre os administradores condominiais, moradores e autoridades de segurança pública da Capital em busca de soluções para os problemas da violência urbana.
Diante da precária iluminação pública em muitas vias do Itacorubi, do pouco efetivo policial e da criminalidade crescente, Helena exerceu um papel que vai além de administrar condomínios onde vivem centenas de pessoas. Ao buscar o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Bacia do Itacorubi, ela conseguiu se aproximar da comunidade e dos órgãos de segurança.
Como na reunião no Plaza di Roma, em 4 de maio, que reuniu síndicos do Itacorubi, os vereadores Guilherme Botelho e Edmilson Pereira, o deputado Mário Marcondes, representantes das polícias Militar e Civil e a presidente do Conseg da Bacia do Itacorubi, Ana Cláudia Martins Calda.
O encontro marcou a entrega do abaixo-assinado criado por Helena, com mais de 2.000 assinaturas, pedindo melhor iluminação, mais rondas policiais à noite e de madrugada e a construção de um posto policial no bairro. Helena entregou o documento ao prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior. “Ele ficou de dar um encaminhamento, mas nada ainda”, comenta Helena.
Ana Cláudia Martins Caldas destaca a importância da consolidação da filosofia de polícia comunitária. “São grupos para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de problemas de segurança e aproximar lideranças locais. O objetivo é a participação social a fim de buscar soluções para as causas da violência e da criminalidade”, pontua.
A mesma iniciativa ganha forma em Coqueiros. O precursor é o síndico Luiz Frantz, do Condomínio Villagio de Capri, que participa das reuniões do Conseg Coqueiros as quais tratam, dentre outros temas, da segurança no bairro que margeia a orla continental. “Os encontros são importantes, mas sou o único síndico que participa. Gostaríamos que outros participassem. Se nos unirmos é possível encontrar maneiras de minimizar a insegurança não esperando apenas pelo poder público, mas fazendo algo diferente, como é o Vizinho Solidário, projeto que existe em Coqueiros e outros bairros de Florianópolis”, conta Luiz.
Ele explica que o Vizinho Solidário “é a união de vizinhos no combate à insegurança”. Ele afirma que a importância do projeto está na aproximação dos vizinhos para atuarem em conjunto contra possíveis atitudes suspeitas no entorno dos prédios e edifícios.
Segundo Sibyla Loureiro Goulart, presidente do Conseg Coqueiros, é essencial a participação do maior número possível de síndicos nesses encontros, para aumentar a capacidade de organização das comunidades e a eficiência do trabalho das forças policiais, onde se verificam problemas de segurança. “Síndicos representam muitos moradores, e precisamos contar com o apoio de todos”, diz.
Na reunião no Condomínio Plaza di Roma, participantes reclamaram do efetivo policial aquém do necessário nas ruas da Capital. Síndicos e até representantes das polícias citaram o déficit como decisivo para o aumento da sensação de insegurança mesmo em condomínios fechados da cidade.
Efetivo policial
Atualmente a Polícia Militar conta com o trabalho de aproximadamente 11 mil servidores. O ideal seria que este número chegasse a 14 mil. O problema também atinge a polícia civil que conta hoje com pouco mais de 3 mil profissionais, mil servidores a menos que o ideal. Em junho o governo deve chamar mil servidores já aprovados em concurso público, que vão compor tanto o efetivo da Polícia Militar quanto o da Civil.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Artur Nitz, após a conclusão dos cursos para os policiais que forem nomeados, esses profissionais serão encaminhados para as 30 regiões policiais do Estado. “Os critérios de escolha serão feitos por questões técnicas e de necessidade de efetivos”, disse Nitz, sem citar quais as cidades necessitam de maior efetivo.
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