Portas corta-fogo no combate a incêndios

Importantes no combate aos incêndios, as portas corta-fogo são indispensáveis em muitos edifícios, pois impedem a propagação do fogo, assegurando a saída dos indivíduos e o acesso dos bombeiros que o combaterão. Apesar do nome, de acordo com o Major Charles Alexandre Vieira, da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros Militar, as portas corta-fogo protegem não somente do fogo, mas também evita que a fumaça entre nas escadas dos edifícios.
Material
Segundo o major, a necessidade, ou não, das portas e do material utilizado nas aberturas vai depender do tipo de escada (comum, protegida, enclausurada, ou à prova de fumaça). Além disso, cada porta possui uma nomenclatura apropriada, conforme sua indicação (P30, P60, P90, P120), que por sua vez é dada considerando o tempo de resistência ao calor. “Dependendo da altura do edifício e do número de pavimentos será indicado um material diferente para a porta. Se for uma escada protegida, por exemplo, deverá ser de madeira maciça, com 2,5 cm de espessura e capacidade para resistir ao calor por até 30 minutos (P30), sendo uma escada enclausurada, a porta deve ser metálica, com revestimento interno em lã de vidro ou rocha. Esta poderá resistir ao calor por até duas horas (P120)”, explica o bombeiro.
Além dos diferentes materiais, a porta corta-fogo também deve possuir barra ou maçaneta própria para abertura e fechamento automáticos, bem como molas nas dobradiças para fechar e abrir com facilidade.
Porta aberta: perigo
Um dos problemas frequentes é o mau uso do equipamento: em muitos edifícios a porta fica permanentemente aberta. Neste caso, é importante que os moradores sejam orientados para que deixem as portas sempre fechadas. “As molas são a parte da porta que mais precisam de manutenção, afinal é o que mantém a porta fechada sempre. Se ela não fechar automaticamente e permanecer entreaberta, deve passar por manutenção, pois, deste modo, torna-se um caminho natural para a fumaça, como se fosse uma chaminé”, compara o major.
As condições gerais das portas corta-fogo devem seguir a Instrução Normativa 009, da Diretoria de Atividades Técnicas, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que estabelece e padroniza os critérios para concepção, dimensionamento e o padrão mínimo para apresentação de projetos de segurança contra incêndios para sistemas de saídas de emergência.
O bombeiro ressalta que para que as portas apresentem bom desempenho durante um possível incidente é necessário realizar manutenções preventivas e a remoção de objetos que dificultem a circulação. “A conservação das portas corta-fogo é tão importante quanto à instalação, já que a simples presença física da porta não garante a segurança contra incêndios. Para proteger as pessoas é necessário que elas estejam em estado de funcionamento apropriado”, reforça o major Vieira.
Por Graziella Itamaro
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