Ratos: visitantes indesejados que podem causar prejuízos

Visitantes indesejados, os ratos podem causar mais prejuízos do que se imagina nos condomínios. Além de doenças, esses pequenos animais também podem danificar a estrutura dos imóveis como fios e cabos de energia, tijolos, madeira, folhas finas de alumínio e até cimento.
Recentemente, em um condomínio de São José, vários apartamentos ficaram sem sinal de telefone e internet. A companhia telefônica foi chamada para o reparo e depois de dois dias de trabalho foi constatado que os cabos de transmissão haviam sido roídos pelos ratos. Como a tubulação do edifício era antiga e de difícil acesso, os técnicos precisaram fazer várias perfurações nas paredes para reparar os fios, o que causou prejuízo para o condomínio e para os moradores que ficaram cinco dias esperando pelo conserto.
Segundo Edson Sampaio Lenk Junior, empresário e especialista no controle de pragas, os ratos têm a necessidade de roer para gastar os dentes que crescem incessantemente.
“Para não ter o risco de ficar com os dentes grandes demais e com isso não poderem se alimentar, eles roem de tudo o que tem pela frente. Por isso, com frequência, provocam curtos-circuitos ao roerem as capas de fios de eletricidade e podem até ocasionar incêndios”, relata.
Lixo
De acordo com Edson, impedir a proliferação desses roedores começa basicamente evitando-se os quatro “As”, ou seja, acesso, abrigo, alimento e água, pois limitando a oferta desses fatores se reduz significativamente a infestação.
O especialista também explica que nos condomínios, a briga contra o surgimento dessas pragas depende do envolvimento de todos, não apenas da ação dos síndicos. Manter a limpeza geral, os ambientes secos e ventilados, e o lixo acondicionado de forma correta, são algumas das providências que devem ser adotadas por todos.
“Alguns hábitos precisam ser mudados, sobretudo em condomínios horizontais e casas. Um deles é o cuidado com o lixo, pois não adianta manter o material orgânico acondicionado em sacos plásticos no chão porque os insetos e ratos podem rasgá-los. Para evitar o acesso dos roedores às lixeiras é recomendado que os recipientes fiquem dispostos longe do chão”, salienta o especialista.
Edson lembra que, funcionários que limpam espaços que possam conter fezes ou urina dos ratos, também devem se proteger e sempre utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) e produtos que possam neutralizar os dejetos, como o hipoclorito de sódio. “Em ambientes fechados deve-se fazer a ventilação dos locais antes de entrar e usar máscara”, orienta.
Produtos
Para acabar com os roedores, existem várias soluções disponíveis no mercado, mas em se tratando de condomínios, o mais indicado é contratar uma empresa controladora de pragas habilitada que terá os cuidados necessários conforme o ambiente a ser aplicado.
“Todos os produtos disponíveis no mercado têm certa toxicidade, embora se utilizados da maneira correta o risco seja mínimo. Existem também produtos atóxicos no mercado, tais como, armadilhas de cola e ratoeiras, mas em alguns casos não são tão eficazes”, explica.
De acordo com Edson, a periodicidade de aplicação dos produtos vai depender do tamanho da infestação e o contrato com a empresa dependerá da política de cada fornecedor.
“Geralmente fazemos em 12 meses, desta forma, o valor fica diluído e os serviços têm mais eficácia com a assistência garantida durante todo o ano. O trabalho começa com uma desratização e no início as visitas deverão ser semanais. Após o controle, podem ser de 15 em 15 dias”, destaca.
Só contrate empresas certificadas
O técnico de saúde ambiental da Vigilância Sanitária em Santa Catarina, Francisco Carlos Portela, orienta o síndico na contratação da prestadora de serviço de desratização e desinsetização. “A empresa deve apresentar o alvará emitido pela Vigilância Sanitária do município, documento que comprova a sua legalização”. Dessa forma, o condomínio estará seguro de que a empresa utiliza produtos com princípios ativos autorizados no Brasil. “O alvará tem a validade de um ano e o síndico deve estar atento à data ao verificar o documento”, observa o técnico.
Não é função de zelador
A busca pela economia com prestadoras de serviço, substituindo-as pelo zelador, pode gerar graves prejuízos.
Além da ilegalidade e dos riscos à saúde devido ao manuseio de produto tóxico, permitir que o zelador realize esse trabalho pode incidir em demandas trabalhistas. “É comum acontecer de um ex-funcionário, após sua dispensa, entrar na Justiça e ganhar uma indenização por ter feito desinsetização no edifício, cobrando insalubridade e extras. A indenização pode ter valores altíssimos”, explica Edson Sampaio Lenk Junior. Além disso, o síndico não pode adquirir produtos para desratização e desinsetização, pois são de uso exclusivo de empresas registradas. Comprar já significa um ato ilegal.
Serviço
Encontre e cote serviços de Dedetização e Controle de Pragas
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