DISTRIBUIÇÃO DE GÁS

Restaurantes e condomínios negam repassar novo reajuste do gás

  Em menos de três meses, a Petrobras reajustou, mais uma vez, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para uso industrial e comercial. O reajuste médio é de...
07 de dezembro 2015 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Em menos de três meses, a Petrobras reajustou, mais uma vez, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para uso industrial e comercial. O reajuste médio é de 3,8%. Restaurantes e condomínios devem segurar preços e mensalidades e não repassar o aumento, agora.

O comunicado do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informa que o reajuste será de 2,5% a 5% para as embalagens de 45 quilos ou mais, aquelas para uso industrial e comercial. O novo aumento é aplicado sem ao menos completar três meses do último reajuste aplicado pela Petrobras. Em 25 de setembro, o GLP industrial ficou 12% mais caro.

Já o preço do GLP P-13, o botijão de 13kg de uso doméstico, não sofrerá alteração. As botijas de até 13kg tiveram os preços reajustados, em média, em 15% em setembro. Naquela época, as comidas vendidas por pequenos estabelecimentos de alimentação ficaram mais caras, devido ao aumento do gás de cozinha. Agora, a Associação Brasileira de Restaurantes e Hotelaria do Amazonas (Abrasel-AM) acredita que os preços serão segurados.

“Os restaurantes têm a política de acumular uma série de aumentos porque a política de aumento é antipática para gente e para o nosso cliente. Os restaurantes vão dar uma segurada e esperar uma outra série de aumentos”, disse a vice-presidente da Abrasel-AM, Lilian Guedes. A própria mudança de preços no cardápio gera custos e, por isso, não é aplicada todas as vezes em que há aumento de insumos ou custos.

“A gente absorve. O custo de refazer o cardápio é muito alto, não vale à pena. Se for um aumentozinho, tem que absorver até onde der”, disse o gerente-geral do Picanha Mania, Ivan Souza. Além do custo com cardápio, os restaurantes querem evitar afugentar os clientes com novos aumentos durante a crise econômica. “Por isso, não é feito. Aumentou, todo mundo sente”, disse.

O preço só não poderia ser absorvido pelos restaurantes se o aumento no GLP industrial fosse de grande proporção. Mas, apesar de acreditar que os restaurantes, lanches e bares vão segurar os preços nos cardápios, Guedes destaca que há impacto. “Tudo afeta. O preço é formado por um conjunto de custos. Não vão aumentar agora, mas há perda da margem de lucro”, disse.

Existem 14 mil estabelecimentos de alimentação formalizados em Manaus. Os locais que produzem mais de cem refeições por dia são aqueles que utilizam o gás industrial.

Nas padarias, não haverá impacto, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpan/AM), Williams Teixeira. “A maioria das padarias trabalha com energia elétrica, com forno elétrico. Por isso não haverá alterações”, informou Teixeira.

Os condomínios também devem absorver o custo. Segundo o diretor-proprietário da empresa Primazia, gestora de condomínios, Sérgio Avelino Filho, o reajuste da Petrobras é pequeno para alterar, neste momento, a mensalidade. “Os aumentos de energia são mais significativos. O valor do gás é muito baixo, chega a 5% a 10% de uma mensalidade”, disse. A mão de obra dos trabalhadores de condomínios tem um impacto muito maior na mensalidade, da ordem de 50% a 70%, explicou.

O GLP industrial havia sido reajustado em 18%, pela Petrobras, em dezembro de 2014.

A Amazongás já foi comunicada sobre o novo reajuste, mas ainda não decidiu se vai repassar, informou o gerente comercial Eron Lanhellas.

A Fogás informou, através de sua assessoria de imprensa, que o reajuste será entre 2,5% e 3% para o consumidor industrial de cilindros de 20 e 45 quilos e para o segmento de GLP a granel. O repasse será feito na próxima semana.

Fonte: D24

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