Alargamento da orla em Balneário divide opiniões

  É pela margem do Oceano Atlântico que passa a orla central de Balneário Camboriú, estendendo-se por sete quilômetros de extensão. E é por ali que a cidade do litoral...
17 de outubro 2013 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

É pela margem do Oceano Atlântico que passa a orla central de Balneário Camboriú, estendendo-se por sete quilômetros de extensão. E é por ali que a cidade do litoral norte de Santa Catarina deve experimentar uma mudança na sua beira-mar. Hoje restrita, no máximo, a 30 metros de largura, o objetivo do atual prefeito e sua administração é ter uma orla com quase 100 metros.

Além disso, a ideia é que, até 2016, a Avenida Atlântica conte com três pistas para veículos, calçadas mais largas, canteiros arborizados, estacionamento, ciclovia, pista de cooper e ampla área para mobiliário urbano. Para completar, 12 grandes travessias para pedestres com elevadores e bondinho aéreo, para ser usado como novo transporte coletivo. Mas, o que pensam disso os síndicos, moradores e todos que circulam pela orla de Balneário Camboriú?

Zelador do edifício Riviera, na Avenida Atlântica, José Fortunato, 63 anos, trabalha na orla de Balneário há mais de 10 anos. Para ele, esse projeto de alargar a faixa de areia é uma ilusão da atual administração. Entretanto, José acredita que se a obra sair do papel, a intervenção não será positiva para a cidade e seus moradores. “Se fizerem essa ‘engorda’ na areia, não tenha dúvidas de que uma hora a natureza vai se revoltar e aí, eu não quero nem ver”, comenta o zelador.

Mais espaço para lazer

Opinião contrária a de Fortunato, tem Sérgio Britto, morador da Avenida Atlântica há cinco anos. De acordo com ele, o aumento do espaço na faixa de areia vai melhorar a circulação de pessoas pela orla, aumentar as áreas de lazer e beneficiar também ciclistas, motoristas e pedestres, que terão mais espaço para convivência. “O alargamento da Praia Central vai representar uma nova página na história de Balneário Camboriú, a cidade que já é referência nacional para o turismo, poderá ser referência internacional depois dessa grande obra”, avalia Sérgio.

Em conversas com quem trabalha, caminha, pratica esportes, se diverte ou simplesmente contempla a paisagem da Avenida Atlântica, uma coisa é certa: a questão do alargamento gera polêmica e divisões entre quem é a favor ou contra. Síndico do edifício Dolce Vitta, na Rua 4500, pertinho da beira-mar, Michel Oliveira, 39 anos, diz que vai esperar o levantamento que a prefeitura está fazendo para ter maiores informações a respeito do assunto. “Vou esperar até o final do ano para me posicionar nessa questão”, explica.

Levantamento

Atualmente, a prefeitura de Balneário Camboriú está realizando o levantamento socioeconômico para saber o que a obra de alargamento da faixa de areia da Praia Central representará para Balneário e quais são as expectativas da população em relação ao investimento. Esta é uma das etapas de elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima), necessários para a obtenção de licença ambiental, expedida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

A prefeitura espera que até o final do ano, as licenças ambientais sejam liberadas para que, em 2014, as obras comecem por toda a extensão da orla de Balneário Camboriú, durante um período que deve durar quatro meses para o alargamento da faixa de areia, mais dois meses para a sua estabilidade.

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