Reservatórios limpos o ano todo
Higienização de reservatórios de água é importante na prevenção de infecções e melhora a qualidade de vida dos condôminos.

Higienização de reservatórios de água é importante na prevenção de infecções e melhora a qualidade de vida dos condôminos.
Com a proximidade do verão síndicos e gestores começam a se preocupar com algumas manutenções, como por exemplo, a limpeza de cisternas e caixas d’água para evitar a proliferação de bactérias que se reproduzem mais em períodos quentes, limo ou outros elementos indesejáveis.
Utilizadas para o armazenamento da água e indispensáveis tanto para a higiene como o consumo humano, esses locais devem ser limpos a cada seis meses, conforme recomendações da Vigilância Sanitária. A Portaria n. 2914 de 2011 do Ministério da Saúde é a que determina os padrões para água potável e deve ser seguida por todos. “Os sedimentos e lodos que se acumulam no fundo dos reservatórios são um habitat para bactérias, protozoários e vírus e constituem um sério risco para saúde dos usuários. Por isso, a legislação recomenda a limpeza dos reservatórios de água a cada seis meses ou até mesmo antes desse período se for detectada qualquer contaminação”, explica a engenheira química Silvana Quaresimim.
Síndica profissional, Gizele Silveira tem uma agenda organizada para fazer a higienização em todos os condomínios que administra na mesma semana, assim consegue descontos. “Faço entre o mês de julho e agosto, deixando assim os reservatórios limpos para o verão. Também aproveito para verificar a fiação, boias e bombas, fazendo uma manutenção preventiva”, relata.
Para conferir os serviços, ela costuma exigir da empresa contratada fotos do antes e depois da limpeza, material a ser usado e o certificado assinado pelo responsável técnico. “Uma boa vedação com tampas nas caixas d’ água e cisternas também é de extrema importância, pois qualquer descuido poderá contaminar a água com insetos, folhas, pássaros”, diz a gestora.
Síndico do condomínio residencial Bellas Artes, em Balneário Camboriú, Osvaldo Castilho sempre procurou realizar a limpeza e desinfecção a cada seis meses. Além disso, utiliza tampas herméticas e filtros de partículas para manter a higiene do local. Porém, tinha problemas com a desinfecção dos reservatórios, pois o local onde o trabalho é efetuado fica em ambiente de difícil acesso, o que requer confiança na contratação e fazia com que dependesse dos relatórios emitidos e de fotos que podiam não retratar com fidelidade as condições estruturais das áreas. “Tivemos casos em que precisamos realizar uma intervenção após a limpeza devido à obstrução causada pelo ar na rede de abastecimento das unidades.
Também encontramos resíduos de obra deixados no fundo dos reservatórios, como pedaços de concreto, mantas de impermeabilização, tubos de PVC e ferro galvanizado, que com a esfregação sedimentam e somente podem ser retirados com aspiração. Sem falar no desperdício de água ao esvaziar todo o reservatório para poder fazer este tipo de limpeza,” relata.
Sem desperdício de água
Mergulhador profissional e especialista em limpeza de reservatórios, Duarte Antônio da Cruz Junior explica uma nova forma de higienização onde, mergulhadores utilizando trajes selados e esterilizados, podem fazer a aspiração da sujeira do fundo e paredes com o sistema hidráulico em pleno funcionamento e sem que os condôminos fiquem sem água. Ao fazer a limpeza com o método sem esvaziamento, existe um descarte máximo de 20% da água junto com os sedimentos. Porém, o sistema é reabastecido durante o processo, sem a necessidade de desativar bombas e boias, pois seria um grande transtorno e desperdício se desfazer de toda a água. “Aproveitando que estamos no reservatório, já fazemos uma inspeção em rachaduras ou deslocamento de placas de concreto e utilizamos câmeras com transmissão em tempo real, onde os responsáveis podem acompanhar o trabalho na íntegra através de um monitor”, descreve.
Duarte conta que já encontrou desde restos de obra, escadas, baldes e também insetos como baratas e ratos em decomposição. “Estamos falando de água para consumo humano e, mesmo que muitas pessoas não bebam dessa água, ainda assim a utilizam para escovar os dentes, tomar banho, lavar os alimentos, dar banho no bebê. Portanto, sempre existe um contato direto com a água, o que pode ocasionar alguma contaminação”.
A engenheira Silvana orienta que após a limpeza, seja feita a desinfecção bacteriológica da água e do reservatório. “Para a desinfecção é necessário a adição de produtos químicos com ação bactericida, registrados na ANVISA e com as dosagens calculadas de acordo com o volume de cada reservatório” e alerta para a necessidade da emissão do Certificado de Limpeza e Higienização com validade de seis meses, onde constam a data da realização dos serviços e a assinatura do responsável químico da empresa.
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