Balneário Camboriú: De portas abertas para todos

Com idosos e dois condôminos cadeirantes no prédio, o síndico do edifício Aconcagua, Carlos Cesar Spillere, encabeçou um projeto de acessibilidade do condomínio em Balneário Camboriu, para facilitar o deslocamento das pessoas com deficiência e necessidades especiais. Esses moradores tinham dificuldades de acessar o hall de entrada do prédio, já que era preciso subir escadas para subir da calçada a porta de entrada. A solução foi colocar uma plataforma elevatória.
“Nosso objetivo foi atender a legislação e o respeito aos deficientes e idosos”, atesta o síndico. Desde 2000, a lei federal 10.098 estabelece que na construção, ampliação e reforma de prédios públicos ou privados, as áreas de uso comum devem ser acessíveis aos portadores de deficiência.
Segundo Spillere, a primeira opção analisada foi a construção de rampas. Mas o arquiteto percebeu que não tinha espaço para atender a norma NBR 9050/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em relação à inclinação da rampa. “Grande parte dos edifícios de Balneário Camboriú não atende a regra e as rampas acabam sendo muito íngremes, dificultando o acesso ao portador de deficiência”, afirma.
Resolveram colocar uma plataforma elevatória, que necessitava de uma pequena área de 1,40 m². O equipamento teve boa receptividade dos usuários, como de síndicos de outros prédios que “vem conhecer para implantar em seus edifícios”, diz Spillere. Após a melhoria, o prédio de 76 apartamentos ficou cerca de 10% mais valorizado. O investimento foi de R$ 12.800.
Cuidados técnicos
De acordo com o consultor da empresa de soluções tecnológicas em acessibilidade Daiken Sergio Yassuo Yamawaki, a aquisição de pataforma elevatória necessita de atenção, já que 80% dos fabricantes oferecem equipamentos totalmente fora de norma com alto grau de risco aos usuários, e não atendem os requisitos da norma NBR15.655-1 da ABNT .
Dependendo da área que o prédio dispõe para o aparelho, pode-se optar pela plataforma elevatória vertical, utilizada para garantir a acessibilidade em locais onde existem passagens com diferença de níveis de até quatro metros.
Se o espaço for ainda mais reduzido, outra opção é a plataforma elevatória inclinada, um tipo de mini-elevador versátil, que pode ser instalado em locais onde não é possível a instalação de uma plataforma vertical ou elevador. O movimento de elevação ocorre paralelo à escada e, quando não utilizado, pode ser recolhido em uma posição vertical, ocupando pouco espaço. Com informações do blog de Sergio Yamawaki: normasacessibilidade.blogspot.com .
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