HIGIENIZAÇÃO

Condomínios reforçam protocolos de limpeza no combate à Covid-19

Se pudermos dizer que a pandemia trouxe algo de positivo para a humanidade certamente são os cuidados com a higiene e limpeza. Nos condomínios, onde a preocupação já era grande, o trabalho passou a ser ainda mais minucioso. Até mesmo porque nenhum síndico quer que o seu prédio, comercial ou residencial, seja um foco de disseminação da doença.
03 de setembro 2020 | Atualizado em 27 de julho 2023

Se pudermos dizer que a pandemia trouxe algo de positivo para a humanidade certamente são os cuidados com a higiene e limpeza. Nos condomínios, onde a preocupação já era grande, o trabalho passou a ser ainda mais minucioso. Até mesmo porque nenhum síndico quer que o seu prédio, comercial ou residencial, seja um foco de disseminação da doença.

E, com a entrada na fase de reabertura gradual das áreas de lazer como academias, quadras de esporte, salões de festas, entre outros espaços comuns, é importante lembrar que os protocolos devem ser redobrados. Além de todas as medidas adotas até aqui, o treinamento dos colaboradores e os equipamentos de proteção também devem estar em dia. As mesmas recomendações valem para edifícios que mantêm suas áreas fechadas. As rotinas de limpeza e desinfecção devem ser intensificadas e direcionadas às entradas e áreas de contato.

Já a frequência com que esses locais serão limpos vai depender do fluxo de pessoas em cada espaço. Se antes o condomínio era limpo uma ou duas vezes por dia, segundo Renato Fortuna Campos, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), a indicação é de que as áreas externas e internas de acesso sejam limpas de três a cinco vezes por dia, incluindo sanitização e aplicação de outros produtos químicos.

Renato Fortuna Campos, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação

“É importante salientar que a desinfecção deve ser feita de cada ponto do prédio como se alguém com Covid-19 tivesse tocado ali. Portanto, a limpeza deve ter como alvo os equipamentos comuns como maçanetas, leitor de biometria, botão de elevador, lixeira coletiva, corrimão de escada. Ou seja, coisas que todo mundo precisa tocar no dia a dia”, reforça Campos.

Para o especialista, essa flexibilização de uso das áreas comuns deve levar em consideração características individuais de cada empreendimento, tais como: estrutura física, quantidade e perfil de condôminos e usuários, volume de pessoas, tipo de uso – comercial ou residencial, número de casos suspeitos ou confirmados, horários de maior demanda, questões de limpeza, desinfecção e sanitização. E se algumas regras forem de difícil operacionalização no edifício, o ideal segundo ele seria aguardar a melhora dos índices para flexibilizar gradativamente o uso desses espaços.

Cuidados

Osmar Viviani, consultor técnico do segmento de higienização profissional

Os cuidados com as áreas de circulação precisam seguir uma rotina de limpeza específica para cada espaço, sendo que deixar o ambiente ventilado é um dos procedimentos básicos. Para Osmar Viviani, consultor técnico que há 41 anos atua no segmento de higienização profissional, independente dos protocolos sanitários emitidos pelos governos – municipal, estadual e federal, deve haver a preocupação constante com a higienização das superfícies, principalmente aquelas onde ocorrem maior contato das mãos, sendo que entre os locais mais críticos estão os de confinamento, como elevadores e banheiros de uso comum.

Como dica, ele recomenda que os processos de higienização sejam feitos com profissionalismo. “É importante deixar de lado os conceitos domésticos de limpeza, pois o uso errôneo de produtos, as misturas indevidas e a preservação do patrimônio em desacordo promovem grande insatisfação dos moradores. Bem como é de responsabilidade do síndico na esfera civil, se houver contaminação ambiental por negligência ou desfaçatez da gestão condominial”, reforça Viviani.

Os condomínios administrados pela síndica profissional Ione Slaviero recebem protocolo personalizado para a demanda de cada estrutura. No edifício San Pietro, por exemplo, entre as medidas adotadas está a higienização mais frequente de locais com maior circulação, como hall de entrada e elevadores, e a atenção está redobrada para evitar aglomerações. Localizado no bairro Kobrasol, em São José, o empreendimento conta com 74 apartamentos, e para dar conta a gestora disponibilizou dispensers e um totem com álcool em gel 70% na entrada principal e de visitantes, além de instalar uma proteção de plástico no teclado do elevador para evitar o contato direto com o botão e ainda facilitar a limpeza.

No edifício San Pietro administrado pela síndica Ione Slaviero, funcionários seguem protocolo personalizado para a higienização dos espaços

Os especialistas lembram que o uso de água e sabão ainda são os mais indicados para livrar as superfícies e ambientes da presença do vírus. Já a água sanitária é recomendada para limpar o chão, mas com atenção para não tocar nos móveis e acabar manchando, como no caso dos sofás. Em superfícies de vidro ou ferro, o melhor é passar um pano de microfibra com produto multiuso ou detergente neutro e, depois, outro pano com desinfetante, alvejante ou álcool 70%. Já para os pisos de madeira, a orientação é umedecer o pano com um desinfetante diluído em água e utilizar outro para secar o piso.

“Importante observar que os produtos devem ser borrifados em um pano de microfibra ou flanela, e nunca diretamente na superfície. Além disso, é importante ficar atento ao local de uso do álcool já que o mau uso pode causar incêndios”, orienta Campos. Em Canoinhas, no interior do Estado, foi registrado recentemente um caso em que o elevador começou a pegar fogo e o uso de álcool em gel e álcool comum no painel pode ter motivado um curto-circuito na fiação interna do equipamento.

Guia de limpeza e desinfecção para condomínios residenciais e comercias

EPIs

• Luvas de borracha, máscara, óculos de segurança e sapatos fechados.

Produtos

• Detergentes, limpadores dois em um (limpeza + desinfecção), multiuso, solução de ozônio aquoso, desinfetante de uso geral (com ação antimicrobiana comprovada) e álcool em gel 70% (recomendado para a higienização das mãos e superfícies)

• Água sanitária deve sempre ser diluída em água e pode ser usada na desinfecção de superfícies como mesas, cadeiras, maçanetas, pisos, banheiros, solas de calçados, embalagens, após estas serem limpas com água e detergente neutro.
Equipamentos

• O uso de vassouras deve ser eliminado, uma vez que partículas contaminadas podem subir no ar e aderir em superfícies

• Borrifadores, rodos, pá coletora, baldes e escova são alguns dos materiais indicados para auxiliar o processo

• Dê preferência para o uso do sistema Mop. Não havendo, utilize pano e rodo

• Dê preferência para panos de limpeza de microfibra, algodão, e descartáveis. Para limpeza mais profunda de superfícies em geral use fibras de limpeza, que têm maior ação mecânica.

Procedimentos

• Antes de iniciar os processos é preciso higienizar as mãos e colocar os EPIs necessários para a atividade

• A limpeza e a desinfecção devem acontecer em um único sentido, nunca em movimentos circulares ou de vai e vem para evitar espalhar a contaminação sobre a superfície. Além disso, sempre de cima para baixo, da área menos suja para a mais suja

• Em se tratando de parede, mobiliário e demais objetos, a indicação é que a aplicação das soluções de limpeza e dos desinfetantes seja feita com a pulverização do produto nos panos de limpeza e não diretamente nas superfícies

• Para pisos acarpetados, tapetes e cortinas, a indicação é remover a contaminação visível, se presente, e depois limpar com produtos indicados para uso nessas superfícies

• Na impossibilidade de lavagem, como nos mobiliários estofados, por exemplo, utilize produtos químicos apropriados para esses tipos de superfície e que tenham ação desinfetante. Caso deseje fazer uma higienização mais profunda, pode-se fazer o uso de máquinas extratoras

• Nunca misture produtos químicos.

Pontos de atenção

Portaria e áreas comuns

• Limpar e desinfetar balcões de atendimento e os objetos que estiverem em sua superfície, como aparelhos telefônicos, interfones, monitores, teclados etc. Para os eletrônicos utilize um pano com álcool isopropílico ou ainda umedecido em solução de detergente e água

• O mesmo procedimento acima deve ser feito nas barras das catracas e seus teclados, móveis e objetos das áreas de espera

• Cestos de lixo/resíduos devem ser limpos e desinfetados com pano de limpeza umedecido em solução desinfetante

• Para limpeza de pisos, deve-se iniciar com a varrição com mop pó e coleta das partículas de sujeiras não aderidas. Logo após, pode-se realizar a limpeza de maneira úmida, com auxílio de mop úmido, com os devidos produtos para limpeza (detergentes, limpadores, multiusos) e finalizar com o uso de desinfetantes

• Os materiais reutilizáveis deverão ser separados em saco para higienização.

Elevadores

• Limpar e desinfetar os botões na parte externa e interna, sempre fazendo a aplicação do produto no pano e não direto na superfície. Dê preferência pela higienização com pano umedecido em solução de detergente neutro e água

• No caso de elevadores em inox, evitar o uso de fibras abrasivas, usar a fibra macia (branca) ou panos de microfibra

• Não borrifar álcool ou qualquer outro produto diretamente na botoeira do elevador, pois isso pode danificar a parte elétrica do painel e até causar incêndios.

Banheiros

• Utilize dois conjuntos de luvas, panos e fibras, de cores diferentes para evitar a contaminação cruzada. Um será utilizado para recolhimento de lixo e limpeza de mictórios e vasos sanitários, o outro para as demais áreas

• Iniciar a limpeza pelas paredes, divisórias e portas, interruptores, tomadas, toalheiros e secadores, aplicando o detergente com o pulverizador em toda a área. Deixar agir e depois esfregar com a fibra e enxaguar. Depois secar e fazer a aplicação do desinfetante

• Para a limpeza de vasos sanitários, cubas e bancada, aplicar o detergente, utilizando a fibra e o pulverizador, e deixar agir. Após é enxaguar, secar e finalizar com a aplicação do desinfetante.

Salões de festas, academias, brinquedoteca, piscina

• Atenção na higienização das mesas, cadeiras, espreguiçadeiras e bancadas após cada uso

• Deixar portas e janelas abertas, favorecendo a circulação do ar

• Para higienizar os brinquedos o ideal é a adoção da limpeza molhada, uma vez que as crianças podem levar os brinquedos à boca. É importante a remoção completa dos produtos químicos utilizados no processo

• Na academia, higienizar todos os equipamentos após cada uso com álcool 70%. Lembre-se sempre de aplicar o produto primeiro no pano e depois na superfície.

Lixeiras

• Faça a limpeza com aplicação do detergente, esfregue e em seguida enxágue. Finalize com a aplicação de desinfetante.

Fonte: Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp)

Serviços

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