Um condomínio, dois síndicos: responsabilidade compartilhada

O funcionário público Sidnei Luiz Lisboa e a administradora Vanessa Mattos Tezza dividem a gestão do condomínio
Ter uma carreira, morada e família para cuidar tomam tanto tempo das pessoas no mundo contemporâneo que poucas se disponibilizam a gerenciar um condomínio, atividade que cada vez mais requer conhecimento, responsabilidade e boa dose de altruísmo. Quando o prédio é novo e com uma área comum repleta de itens de lazer, fica mais complexo administrar. No Plaza Mediterrâneo, no bairro Itacorubi, em Florianópolis, a saída para não sobrecarregar apenas uma pessoa na administração do condomínio de duas torres e 200 apartamentos foi eleger dois síndicos.
No segundo ano de gestão, o funcionário público Sidnei Luiz Lisboa e a administradora Vanessa Mattos Tezza demonstram que dividir as responsabilidades dá certo. O segredo é dividir as tarefas de acordo com as vocações de cada um, ter transparência e muita comunicação. Os dois são síndicos de primeira viagem e Sidnei nunca tinha morado antes em condomínio. Cada um tem apartamento em uma torre, mas Vanessa ainda não se mudou. “Nossas habilidades foram aparecendo e cada um foi se encaixando em uma posição”, conta Vanessa.
Atribuições
Como Vanessa é formada em administração, ela trabalha mais com a parte de escritório: contratos e fornecedores, movimentação financeira, fechamento de malote e relatório de contabilidade. Sidnei tem formação como técnico de contabilidade e lida em seu trabalho diariamente com contratos, mas dentro do condomínio o que ele gosta mesmo é de colocar a mão na massa. Orienta os zeladores, confere o trabalho de fornecedores, acompanha as manutenções e presta assistência aos moradores. “Gosto da prática. Quando vem alguém fazer orçamento, ou fazer serviços técnicos, eu que atendo. Às vezes, o morador liga e diz que não passa o gás quando vai usar pela primeira vez, então explico que tem de esperar um tempinho para sair do cano porque é novo ”, relata Sidnei.
Cada um faz uma parte, mas o diálogo sempre está presente: “Falamos um para o outro o que estamos fazendo. E os condôminos nos testam para ver se os dois sabem o que está acontecendo no condomínio, se estamos sincronizados. Por isso, a comunicação é fundamental. Usamos um só e-mail e concentramos as informações na sala de Administração do condomínio”, observa Vanessa.
Os dois aprendem juntos as peculiaridades de administrar um condomínio: a questão da responsabilidade compartilhada na hora de uma contratação terceirizada – caso a empresa não cumpra com suas obrigações com os funcionários -, o aprimoramento em mediar conflitos de moradores, e o poder de barganha nas negociações com fornecedores. Eles se reúnem pelo menos duas manhãs por semana para fazerem reuniões na administração do prédio, e receberem fornecedores e condôminos.
Responsabilidade compartilhada
Para Vanessa, seria difícil uma pessoa que tem outros ofícios, trabalhar sozinha como síndica de um condomínio como o Plaza Mediterrâneo, com piscina externa, playground, ateliê, sauna, academia, entre outros espaços e equipamentos. Dividindo as tarefas, fica mais fácil. No caso de uma viagem de férias ou um passeio de fim de semana, sempre tem alguém que responde pelo condomínio. Eles dividem a remuneração e as responsabilidades. Para eles, é melhor do que ter um subsíndico para auxílio casual.
Na maioria das vezes, como diz Sidnei, “o síndico é uma pessoa sozinha carregando uma, duas ou mais torres”. Mas, quando se trabalha em dupla, segundo Sidnei e Vanessa, o benefício é ter alguém para dialogar nas tomadas de decisões e até desabafar quando algo não ocorre como o planejado ou há conflitos com condôminos. “E se por algum motivo um dos síndicos estiver impossibilitado de trabalhar não haverá prejuízo para o condomínio já que os dois síndicos conhecem a rotina de trabalho e estão aptos para atender a demanda”, observa Vanessa.
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