Santa Catarina é pólo de segurança condominial

 A Grande Florianópolis é considerada um pólo de tecnologia. Prova desse crescimento é que na Capital, o PIB (Produto Interno Bruto) gerado pelo setor ultrapassou o do turismo e está...
10 de março 2010 | Atualizado em 12 de julho 2024

 A Grande Florianópolis é considerada um pólo de tecnologia. Prova desse crescimento é que na Capital, o PIB (Produto Interno Bruto) gerado pelo setor ultrapassou o do turismo e está na ponta da lista desde 2006. A área de segurança eletrônica é uma das frentes que mais se desenvolve e oferece soluções, desde câmeras de vigilância a alarmes, principalmente para condomínios.

Com foco na inovação e qualidade dos produtos, o setor cresce rápido e as organizações se unem para consolidar a tecnologia de Santa Catarina no Brasil e no Exterior. Em novembro do último ano a Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia) criou a vertical de segurança eletrônica, com um conglomerado de sete empresas de software, fabricantes e prestadores de serviços.

O objetivo da vertical é desenvolver a tecnologia para a área residencial e empresarial, conseguir apoio do governo para exportar produtos catarinenses e focar em projetos para a Copa do Mundo e Olimpíadas. “A ideia da vertical não é formar um grupo fechado para beneficiar somente as empresas de Santa Catarina, mas normatizar o mercado. É fazer com que os produtos vindos da China, através do mercado cinza (contrabando), sejam barrados”, observa o engenheiro de Marketing de Produto da Intelbras, Érico Kappel Foto). A empresa é uma das que integra o grupo de organizações catarinense. O engenheiro observa que no Brasil ainda não está estabelecida uma política que vise regulamentar o setor e valorizar as indústrias nacionais. “Existe muita penetração de empresas internacionais.

A Intelbras está no páreo, já é uma marca conhecida e consolida no mercado”, salienta. A Intelbras tem uma linha de produtos para condomínios, que passa por centrais de cerca elétrica, sensores infravermelhos, alarmes, sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão) e câmeras com alto desempenho. Entre elas está a speed dome, que pode ser movimentada, tem alta resolução e zoom de até 36 vezes de alcance. “A qualidade da câmera é muito importante. Se ocorrer algum furto no prédio e a câmera não tiver boa definição, só será possível enxergar vultos. Não será possível identificar o ladrão, ou seja, não cumprirá sua função”, explica Kappel.

Qualidade é a palavra de ordem para ter uma segurança eficaz no condomínio. Mas a falta de informação para o síndico e a busca por produtos mais baratos, sem levar em conta o benefício, são fatores comuns que põem em risco a segurança. “Uma forma de conscientizar os moradores sobre escolher o melhor produto ao invés do preço é fazer uma pré-seleção de empresas e levar os consultores da empresa para apresentar o plano de segurança e os produtos aos condôminos”, propõe o coordenador da vertical e sócio da Segware – desenvolvedora de software para monitoramento de alarmes -, Luiz Henrique Bonatti (Foto). Bonatti observa que os sistemas de segurança eletrônica ainda não são bem explorados. Segundo o coordenador da vertical, a maioria dos prédios utiliza sistema CFTV digital e tem uma rede. “Com essas ferramentas, os condôminos poderiam acessar via internet às câmeras da portaria para confirmarem a identificação de suas visitas”, analisa.

A rápida evolução tecnológica

No Brasil existem mais de cinco mil empresas de segurança. Segundo o coordenador da Vertical de Segurança Eletrônica da Acate, Luiz Henrique Bonatti, uma fatia representativa da pesquisa e desenvolvimento de produtos são realizadas nas empresas. “É um mercado extremamente em expansão”, lembra.

O setor de segurança eletrônica começou a se expandir na década de 90. De lá para cá a evolução dos produtos foi significativa. Deixaram de ser analógicos para ser digital, voltados para a internet e integração entre equipamentos. Com isso, “os sistemas ficaram inteligentes. Em uma imagem parada é possível circular parte dela e se ocorrer um movimento nesse espaço o alarme dispara”, destaca o coordenador da vertical.

A Intelbras também foca na mesma tendência. “Um dos nossos slogans é ‘Intelbras integra e inova’. A ideia é integrar todos os equipamentos de segurança, tanto central de portaria como a parte de CFTV”, aponta o engenheiro de Marketing de Produto da empresa Érico Kappel.

Uma das novas opções no mercado são os monitoramentos de alarme e CFTV através da internet sem fio (wireless). Dessa forma, as câmeras não precisam ser ligadas por cabos para as imagens chegarem ao computador. Por meio da rede, é possível acessar de qualquer lugar do mundo através da internet as câmeras.

Outro aliado na segurança condominial é a automação. Na central de portaria, pode ser instalado um acessório, como o acionador para sistemas elétricos, “que faz o comando à distância e pode acionar as bombas de água, abrir portão e acender a luz. Com o aparelho e um sistema de CFTV com câmeras espalhadas pelo condomínio, o vigilante pode da portaria acionar as lâmpadas do pátio para ver se está tudo normal”, descreve Kappel.

A primeira barreira de segurança

A primeira barreira de segurança é a perimetral. Cuidar nos muros do prédio, é a melhor forma de prevenir a entrada de um invasor. O diretor comercial da Khronos, Roberto Paiva, destacou que o bloqueio pode ser feito com cerca eletrônica acoplado a um sistema sonoro, que dispara com a intrusão. Segundo Paiva, a empresa trabalha com a cerca da CS, que é pulsativa e não feri. “É preciso ser colocado sobre um muro com mais de 2,2 metros para evitar acidentes com crianças”, destaca.

Se o muro for mais baixo, uma solução interessante é a colocação de um sensor, com feixe duplo, em que ao ser atravessado por uma pessoa é acionado um aviso para a portaria, empresa de monitoramento e até o celular do síndico ou zelador.

O controle de acesso é outro ítem básico. Os mais populares são por senha e é acoplado no interfone do prédio e pode gerar relatório com data e horário de acionamento, o que ajuda a identificar o momento de entrada e saída de empregados e prestadores de serviços. Pode ser programadas senhas por períodos. No caso de aluguel de temporada nos condomínios de praia pode determinar data limite para o uso da senha. “Dependendo do padrão e necessidade do condomínio, outra opção é o controle de acesso digital, muito utilizado em Florianópolis”, observa Paiva.

Para garantir ainda mais a segurança, o diretor comercial da CR Vigilância e Segurança, Sandro Sallaberry Santarém, recomenda a instalação na portaria de um sistema de enclausuramento, em que dois portões ficam entre a portaria. A pessoa entra no primeiro, enquanto o segundo permanece fechado, se identifica e é liberada para passar. “Torna-se de suma importância que a referida pessoa seja vigiada por câmeras até o destino. Nos condomínios os quais a empresa presta serviço de vigilância esse sistema foi implantado, causando uma excelente impressão aos condôminos, os quais, elogiam a metodologia implementada pela empresa”, aponta o diretor.

Os sistemas de segurança aliados a vigilância humana é o casamento ideal para deixar o condomínio bem protegido. A Mobra Segurança terceiriza vigilantes armados e desarmados na Grande Florianópolis, mas também oferece o sistema de alarme via linha telefônica (internet e celular) em que o monitoramento é à distância, por profissionais na sede da empresa. “Quando ocorre alguma anormalidade, recebemos o aviso e encaminhamos uma viatura para fazer a primeira avaliação. Se for necessário acionamos a Polícia Militar. É interessante principalmente para prédios pequenos, pois o custo é bem inferior do que manter vigilantes 24 horas no condomínio. Enquanto um posto com recursos humanos no local custa em média R$ 8.500, o monitoramento à distância é de R$ 120 mensais” diz o diretor da Mobra André Uhlig Mocellin.

 

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