Produtos de limpeza piratas podem ser mais baratos, porém causam riscos à saúde

  Procurar economizar ao máximo os recursos financeiros do condomínio é uma tarefa importante de ser praticada pelo síndico, e deixa os moradores mais satisfeitos, porém esse benefício não pode...
08 de agosto 2013 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Procurar economizar ao máximo os recursos financeiros do condomínio é uma tarefa importante de ser praticada pelo síndico, e deixa os moradores mais satisfeitos, porém esse benefício não pode ser conquistado a qualquer custo, principalmente quando o assunto é material de limpeza. Mas, é comum gestores condominiais adquirirem produtos clandestinos por serem vendidos por um preço inferior dos comercializados com a aprovação da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária). Neste caso, o barato pode sair caro devido ao risco de gerar danos à saúde, como queimaduras, irritações e intoxicações, aos funcionários e condôminos.

Para identificar se o material é legal, o síndico deve ler com atenção o rótulo dos produtos, item obrigatório para ser comercializado. Segundo dados da Cartilha da Anvisa de Orientações para os Consumidores de Saneantes , todo o material de limpeza comercializado tem que conter a frase “produto notificado na Anvisa/MS” ou número do registro no Ministério da Saúde. Além disso, tem de informar o nome do fabricante com endereço completo, nome do técnico responsável, aviso sobre os perigos do conteúdo e informações de primeiros socorros.

Geralmente esses produtos são comercializados sem rótulos, em garrafas de refrigerantes, por vendedores ambulantes em peruas e caminhões. De acordo com a cartilha, são itens que não passam por qualquer avaliação e normalmente não têm ação contra os germes e não limpam profundamente.

Outro cuidado que se deve ter com materiais de limpeza, é armazená-los em local arejado e sem umidade, longe de calor intenso, além de não os colocar junto à máquina do elevador ou a bomba de água. O espaço deve estar sempre fechado com chave, aos cuidados do zelador, principalmente para evitar que crianças entrem no local.

Cada produto tem sua serventia específica e modo de utilizar. Por exemplo, o desinfetante se usa para minimizar a níveis seguros a quantidade de microorganismos causadores de doenças e para isso precisa contar com um princípio ativo germicida e bactericida eficiente. Por as bactérias se adaptarem com facilidade ao composto da solução, é interessante fazer rodízio com produtos de diferentes princípios ativos.

A água sanitária é um dos produtos que mais necessita de cuidados no manuseio e a mistura dela com outros produtos é muito perigosa, principalmente com os que têm em sua composição amoníaco, este causa uma reação química que expele gases altamente tóxicos, entra em efervescência, e pode até explodir, causando queimaduras graves. A água sanitária clandestina é o produto campeão em vítimas já que costuma ter muita soda cáustica, para ficar mais potente, tornando-se também mais lesiva.

As embalagens dos materiais de limpeza também precisam de cuidados. A cartilha da Anvisa alerta para inutilizar embalagens vazias dos produtos saneantes, pois sempre ficam com resíduos. Elas devem ser jogadas preferencialmente no lixo do sistema de reciclagem.

Economia – Ao invés de adquirir materiais piratas, uma economia eficaz, que tende apenas a beneficiar o condomínio, é fazer uma pesquisa de preço dos produtos licenciados. Se possível, negociar diretamente do fabricante ou atacadista, pois a tendência é ser mais barato.

Comprar para estocar também é interessante, principalmente os de uso mais contínuo, porém é necessário ficar atento a data de validade, para não deixar o material estragar no depósito. O controle de saída dos produtos também é importante e deve ser feito pelo zelador com a supervisão do gestor condominial, mais significante ainda é conscientizar os funcionários para não desperdiçarem, pois uma boa limpeza não depende de grande quantidade de produtos e sim do seu correto uso.

O que fazer no caso de acidentes com saneantes

1 Sempre trate primeiro das pessoas acidentadas;

2 Siga a orientação do socorro que está no rótulo do produto;

3 Adote as seguintes medidas gerais de primeiros-socorros de acordo com a situação:

- Se a pessoa comeu ou bebeu o produto, não provoque vômito e procure imediatamente os serviços de saúde mais próximo. Nunca dê nada para a pessoa beber ou comer, se ela estiver inconsciente.

- Se o produto entrou em contato com os olhos (caio ou respingou): lave-o imediatamente com muita água limpa, mantendo os olhos bem abertos. Em caso de dor, irritação, ardência, lacrimejamento, procure imediatamente ajuda médica.

- Se inalou (cheirou) em excesso o produto: leve-a a um local aberto. Se houver sinais de intoxicação (mal estar, tontura, dificuldade para respirar, tosse), procure ajuda médica.

Fonte: Cartilha de Orientações para os Consumidores de Saneantes (Anvisa) Matéria originalmente publicada em Jornal dos Condomínios de Junho de 2008

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