Antena em prédio gera conflitos na vizinhança

A instalação de uma antena de telefonia celular em um prédio no bairro Pio Corrêa, em Criciúma, tem sido motivo de polêmica na cidade. A favor ou contra, vizinhos e moradores do edifício se manifestam e até um abaixo-assinado foi entregue ao Ministério Público para que o equipamento não entre em funcionamento. O receio dos vizinhos é de que a antena possa trazer prejuízos à saúde, devido à radiação.
Síndico do residencial Terracota há quatro anos, Airton Dal Toé (foto) conta que a manifestação começou quando os técnicos da operadora começaram a montar a antena no edifício. “Houve reação dos moradores de edifícios vizinhos, que foram contrários a instalação”, diz. Dal Toé não esperava que o assunto se tornasse tão polêmico, virando notícia em toda a cidade. “Se eu soubesse, talvez nem tivesse ido em frente com a negociação, pois não é confortável criar conflitos com os vizinhos”, destacou, lembrando que sempre quis ter uma posição de amizade com quem mora próximo.
A negociação para a locação do espaço no Terracota havia começado há pelo menos três meses, quando a própria operadora procurou o síndico. “Tivemos o aval de todos os condôminos para a colocação da antena, com 100% de aprovação na assembleia’, explica. O síndico diz que os moradores do edifício foram devidamente informados antes de assinar o contrato de aluguel. “Nós acompanhamos uma apresentação da operadora, que mostrou que não traria problemas para a saúde. Assim, todos aceitaram”, comentou. Para ele, essa é uma experiência totalmente nova. “Nunca tinha passado por algo parecido. No entanto, sinto que os condôminos se uniram mais, especialmente por passarmos por isso juntos”, comentou.
O síndico afirmou também que muitas pessoas que não estão envolvidas diretamente no caso apoiam a iniciativa da colocação da antena pelo fato de melhorar o sinal dos aparelhos celulares. “Temos que acompanhar a tecnologia, não é mesmo? Todos querem uma boa qualidade na telefonia”, disse.
Melhorias
O condomínio receberá cerca de R$ 4,8 mil reais mensais pela locação do espaço para a antena. “Nós pretendemos usar esse valor para fazer melhorias e reformas, visto que precisamos, por exemplo, trocar as pastilhas da parte externa”, disse. Sobre a atual situação perante os moradores do bairro, Dal Toé ressaltou que agora é muito difícil voltar atrás. “Nós assinamos um contrato de 10 anos com a operadora e a multa é a soma do valor da mensalidade pelo tempo de contratação. Ou seja, nós não temos como arcar com essa rescisão, que seria astronômica”, informou. Além disso, a colocação da antena passou por todas as etapas necessárias junto a Prefeitura e os órgãos competentes. “Está tudo regularizado”, destacou.
A associação de moradores do bairro Pio Corrêa organizou um abaixo-assinado solicitando ao Ministério Público que seja feita uma avaliação quanto aos danos à saúde. Até o momento, a estrutura da antena está montada, mas não está em funcionamento. “Falta a vinda do técnico da operadora para ligar”, completou o síndico Dal Toé.
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