PREDADORES NATURAIS

Retirada de galinhas-d'angola de residencial gera polêmica

Local usava aves contra escorpiões, mas foi notificado pela prefeitura
11 de outubro 2018 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Local usava aves contra escorpiões, mas foi notificado pela prefeitura

A intenção era das melhores, mas esbarrou em uma legislação que proíbe a criação de animais em área urbana. O Villaggio 3, em Bauru, que utilizava, há dois meses, seis galinhas-d'angola para combater os escorpiões, teve de retirá-las nessa quinta-feira (4), após ser notificado pelo município, e o caso gerou polêmica. Recentemente, o JC noticiou que outros condomínios também aderiram à prática.

Segundo o síndico do Villaggio 3, José Luiz Caracho, a maioria dos moradores do local decidiu, em assembleia, a adoção deste "reforço" contra os escorpiões, cujo veneno pode levar à morte.

Tal método é considerado eficaz, porque as galinhas são predadoras naturais destes animais peçonhentos. Por isso, muita gente ficou indignada com a retirada das aves, feita pela própria administração do empreendimento.

Entretanto, Caracho argumenta que a ação foi tomada por precaução. "Houve uma denúncia anônima e a prefeitura nos notificou. Ingressamos com recurso, que foi indeferido, porém, pretendemos recorrer de novo. Enquanto isso, levamos as aves para a fazenda na qual foram adquiridas, que pertence a uma moradora do Villaggio", revela.

O síndico diz que só trará as galinhas de volta, caso haja permissão do município. Por enquanto, o condomínio pretende dar continuidade às demais ações preventivas, como dedetização a cada três meses.

PROIBIÇÃO

Questionada sobre a polêmica, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Bauru esclarece que a criação de galinhas-d'angola atrai o mosquito causador da leishmaniose e, portanto, é proibida em municípios onde há casos da doença, como previsto em legislação estadual.

Inclusive, a leishmaniose preocupa. Conforme o JC divulgou, depois de mais de três anos, a cidade voltou a registrar uma morte provocada por esta condição.

Trata-se de um homem de 42 anos, morador da região do Jardim Araruna, que faleceu no dia 8 de janeiro. O diagnóstico da vítima foi notificado em 31 de dezembro do ano passado. O último óbito de ser humano por conta da doença, em Bauru, havia sido registrado no ano de 2014.

Matéria originalmente publicada em JC Net

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