SEGURANÇA

Força-tarefa vai reprimir crime em condomínios do 'Minha Casa' no RJ

  Após operação da Polícia Civil do Rio para reprimir a atuação do tráfico de drogas no condomínio Haroldo de Andrade, em Barros Filho, no Subúrbio do Rio, a Polícia...
01 de outubro 2015 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Após operação da Polícia Civil do Rio para reprimir a atuação do tráfico de drogas no condomínio Haroldo de Andrade, em Barros Filho, no Subúrbio do Rio, a Polícia Civil garantiu que vai atuar nas oito unidades do "Minha Casa, Minha Vida" no estado. Na ação realizada pelos policiais nesta terça-feira (29), cinco pessoas foram presas e um suspeito morreu.

Nove lojas que funcionavam dentro do condomínio foram fechadas. Além de drogas e armas, 30 carros e 15 motos foram apreendidos.

"Estamos criando uma força-tarefa e já temos 15 pessoas identificadas como integrantes da quadrilha do traficante Afafat, que controlava a região ", contou Wellington Vieira, de 40ª DP (Honório Gurgel), que definiu os condomínios invadidos como "Minha Casa, Meu Inferno".

Os moradores que estavam em seis residências dominadas por traficantes foram à delegacia e prestavam depoimento por volta das 15h. Eles poderão responder por esbulho, que é invasão de uma propriedade destinada a outra pessoa.
Caso as investigações descubram que eles tiveram o benefício através de relações com traficantes, também poderão responder por associação ao tráfico.
De acordo com o delegado, os moradores de comunidades rivais eram um dos principais alvos dos criminosos. "Os moradores que vieram de áreas de facções rivais contavam várias ameaças, e dois homicídios aconteceram lá dentro", contou Wellington Vieira.

Os cinco detidos na operação são suspeitos de tráfico de drogas no condomínio. Ainda assim, vários traficantes que atuavam no local conseguiram fugir. Seis famílias estavam dentro de um dos 60 apartamentos dominados por traficantes, em um condomínio de mais de 800 unidades habitacionais.

"Quem estava dentro dos apartamentos pode responder por esbulho, que é invadir o apartamento sem acordo com a lei", disse o delegado Rui Barboza, da 39ª DP (Pavuna). Os imóveis dominados por traficantes foram lacrados.
Cerca de 400 homens participaram da operação, que contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil (Core) e outras delegacias especializadas. Um pássaro curió, batizado de Playboy, foi recuperado durante a operação.

Cobrança

Segundo o delegado Wellington Vieira, os traficantes cobravam uma taxa de R$ 25 de todos os moradores. O lucro era de pouco mais de R$ 30 mil. Os traficantes e líderes de associação de moradores também mantinham contratos em branco da Caixa Econômica. Para colocar os moradores que queriam no local, os traficantes expulsavam os contratados anteriores.

"Esses contratos eram firmados com a conveniência dos traficantes", explicou Wellington.

Alunos sem aula

Mais de 2,5 mil alunos de seis escolas, duas creches e três Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) da rede municipal ficaram sem aula devido à operação policial na região. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o conteúdo perdido será reposto.

Invasões

As investigações, que começaram há cerca de dois meses, dão conta que as pessoas sorteadas pelo programa do governo federal se mudaram para o conjunto habitacional em janeiro do ano passado, mas em junho começaram os problemas.

De acordo com a polícia, os traficantes que invadiram o conjunto identificaram que os novos moradores teriam vindo de uma comunidade que pertence a uma facção rival. Depois de entrar nos imóveis, os traficantes distribuíram as chaves para pessoas escolhidas por eles. O objetivo da polícia é devolver os apartamentos para a Caixa Econômica Federal.

Fonte: G1 RJ

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