Pane no elevador? Chame o técnico!

O caso foi sério. Em 2013 um elevador ficou parado entre dois andares e o zelador do prédio resolveu destravar as portas, acionando um pino de segurança com uma chave de fenda, para retirar as pessoas que estavam presas. O elevador se movimentou e o resultado foi trágico.
Ficar preso no elevador é o tipo de situação pela qual ninguém quer passar, mas, para os síndicos que passam pela experiência e depois enfrentam as reclamações, ficar do lado de fora de um elevador travado é tão desgastante quanto estar no lado de dentro.
“Enfrentamos seguidamente problemas de falta luz e toda vez que isso acontece o elevador para. Temos muitos idosos no condomínio e nos preocupamos que essa situação possa ter uma consequência mais séria. Os técnicos nos recomendam para não tentar retirar as pessoas, pois o atendimento de emergência leva de 20 a 30 minutos, mas, para quem está dentro de um elevador parado isso é uma eternidade”, questiona Martinho Biscaia da Costa, membro da comissão de moradores do Residencial Mirante do Cambirela, em Palhoça.
Profissionais treinados
Para Daniel Montenegro, assistente administrativo da Atlas Schindler em Florianópolis, a orientação para que as pessoas não sejam retiradas em casos de parada involuntária do elevador é uma questão unicamente de segurança. “O técnico é treinado para as diversas situações que ele pode enfrentar para garantir o máximo de segurança para todos os envolvidos, um elevador parado com a porta na metade da altura do piso pode se mover e causar um grave acidente. Parado acima do nível do piso pode causar uma queda no fosso se alguém tentar pular na pressa de sair do equipamento”, explica.
Segundo ele há vários casos de imperícia conhecidos que são potencialmente perigosos para quem não tem a experiência necessária. “Oferecemos periodicamente uma palestra gratuita, com certificado e dirigida aos síndicos, zeladores e moradores que queiram conhecer como um elevador funciona, o fosso e os cabos, e orientamos a não mexer no equipamento”, completa.
O Corpo de Bombeiros também recomenda que a primeira ação seja o contato com o serviço técnico de emergência da empresa responsável pelo equipamento em cada edifício. “O Corpo de Bombeiros pode ser acionado caso não haja tempo hábil, alguém esteja passando mal ou com condições insalubres. Possuímos um conhecimento geral para fazer o resgate enquanto o técnico tem o conhecimento específico de cada elevador”, declara o tenente André Prates, Chefe do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Uma vez preso dentro de um elevador, a recomendação do Corpo de Bombeiros é manter a calma. “A claustrofobia natural do ser humano pode apavorar as pessoas, mas, uma vez feito contato com o técnico e ele esteja a caminho, o ideal é aguardar; uma iluminação de emergência também é util. Os elevadores são projetados com saídas de ventilação segundo normas técnicas e testados pelo INMETRO”, completa o Tenente Prates.
Por Cesar Dias
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