Infraestrutura para exteriores: design e durabilidade

  Unir a estética e o conforto com a resistência e conservação são quesitos importantes quando se pretende investir em móveis para espaços externos dos condomínios. Piscinas, jardins, churrasqueiras, playgrounds...
20 de dezembro 2012 | Atualizado em 12 de julho 2024

 

Unir a estética e o conforto com a resistência e conservação são quesitos importantes quando se pretende investir em móveis para espaços externos dos condomínios. Piscinas, jardins, churrasqueiras, playgrounds e pergolados necessitam de móveis que resistam à exposição ao sol, à chuva, ao vento e à poeira, além de seguirem o design arquitetônico do edifício.

De acordo com o arquiteto Luiz Fernando Zanoni, os móveis de madeira tratada estão em alta, tanto em arquiteturas clássicas, quanto arrojadas. Aliada à fibra sintética, a madeira forma um conjunto durável e elegante. “O tratamento na madeira é essencial para que ela resista ao ar livre. O sintético carrega o toque aparente da fibra natural, porém apropriada aos ambientes externos”, explica. Segundo o arquiteto, esse material é usado, geralmente, para áreas de pouca demanda e móveis fixos. “A madeira é mais pesada e de difícil locomoção”, completa.

O Condomínio San Village, localizado no bairro Itacorubi, em Florianópolis, tem dois anos e foi entregue pela construtora com a estrutura externa decorada por móveis planejados. O síndico Paulo Carvalho relata que o quiosque – área semiaberta – possui quatro churrasqueiras, com quatro mesas e cadeiras de madeira. Ele explica que é necessário dar manutenção para conservar a resistência e as cores dos móveis. “Aplicamos uma vez por ano, antes do início da temporada, o selador para proteger a madeira.”, diz. Segundo o arquiteto Zanoni, essas áreas semiabertas permitem uma exploração maior na decoração, já que é um ambiente mais protegido da chuva. “Os móveis e assessórios utilizados não precisam, rigorosamente, serem os mais resistentes e também podemos incrementar com alguns objetos decorativos”, acrescenta.

Para áreas de jardins e pergolados é também comum a preferência pela madeira. O síndico Carvalho descreve os móveis situados no jardim e no pet care do condomínio San Village. “São bancos de madeira para o morador sentar e contemplar a natureza ou para fazer companhia ao animal de estimação. É um tom mais rústico, seguindo o mesmo estilo do conjunto instalado no quiosque”, diz.

Há condomínios que adotam outras linhas de design, como por exemplo, o uso do futon e estofados à prova d’água, em variação de cores e estampas: florais, listras, coloridos, arabescos, orgânicos, dentre outros de acordo com a proposta do paisagismo. “Apesar de não ser a opção mais prática, os móveis feitos de tecido e estofados também podem ser utilizados nas áreas externas, exigindo, porém, um cuidado maior de conservação”, diz. De acordo com o especialista, há clientes que não abrem mão do conforto.

No Condomínio San Village há ainda a área de piscina, com seis espreguiçadeiras de alumínio e tela sintética, duas mesas de vidro e pé de metal, dois ombrelones (guarda-sol) com haste de madeira e lona branca e cadeiras que seguem a mesma linha do conjunto do quiosque. Depois de dois anos de uso, o síndico conta que os móveis precisaram passar por algumas reformas. “Estamos trocando as lonas e os cabos de madeira dos dois ombrelones. As hastes quebraram e a lona estava bem desgastada”, relata. O síndico Paulo lamenta que a principal dificuldade para a conservação dos móveis nesses ambientes é o uso incorreto por parte dos moradores. “Nós orientamos para que os condôminos conservem o nosso patrimônio, porém, infelizmente, não são todos que se conscientizam. Deixam o guarda-sol aberto no vento”, complementa.

Há muita diversificação no mercado. Os móveis de material plástico são os mais populares para áreas de piscinas. Os preços baixos e a leveza para locomoção costumam ser atrativos. Alguns fabricantes adicionam ao polipropileno um protetor contra os raios ultravioleta, oferecendo mais durabilidade às mesas, cadeiras e espreguiçadeiras, que são constantemente expostas ao sol. Para a manutenção desse material, devem ser evitados produtos que contenham amoníaco ou cloro, os quais deterioram o plástico. O arquiteto Zanoni faz ressalvas com relação a esse tipo de produto. “No comércio de móveis de plástico encontramos muita variação de qualidade. É preciso saber o que se está comprando para não se arrepender depois”, alerta.

Com o mesmo atributo da leveza e facilidade na locomoção em virtude da possibilidade de empilhamento, Zanoni recomenda os móveis em alumínio. “Apesar de requerer um investimento inicial mais elevado, é um material de boa durabilidade e custos de manutenção baixíssimos”, destaca. A fabricação de móveis em alumínio permite também a diversificação em cores, tamanhos e formatos. “A pintura, porém, deve vir de fábrica e ser realizada profissionalmente com técnica eletrostática. Não recomendamos a pintura in loco”, complementa.

DICAS

- Para melhor conservar o estofado exposto ao ar livre, guarde-o em local seco e na sombra quando não estiver sendo usado. Sol, poeira e chuva desgastam o tecido e desbotam as cores.

- Mantenha os ombrelones fechados quando em desuso. Se possível, fora da temporada ou em períodos que não há utilização da área da piscina, guarde-os.

- Oriente os moradores sobre as medidas de conservação dos móveis das áreas comuns externas.

- Prefira a fibra sintética. É um material de fácil conservação, exigindo apenas uma limpeza com água e sabão neutro.

Se você gostou do conteúdo, não esqueça de compartilhar:

Deixe o seu comentário

Ao comentar em nosso site você concorda com os nossos termos de uso

Para comentar você precisa estar autenticado.
Por favor, Faça login ou Registre-se

Nenhum comentário registrado

Está procurando Fornecedores?

Aqui você encontra

{{ termError }}