Tratamento acústico garante sossego e diversão

O salão de festas do condomínio Haroldo Pederneiras, no Centro de Florianópolis passou por uma transformação. Há 18 anos, os moradores esperavam pela oportunidade de reformar o lugar. No ano passado, o desejo se concretizou. O ambiente passou por uma reestruturação geral, ganhou móveis planejados, um espaço gourmet, sofás, TV LCD e tratamento acústico.
O síndico Yamandú Martorell recorda-se que havia muita reclamação por causa do barulho durante os eventos organizados no espaço. Ele conta que foram feitas várias assembleias para decidir sobre o orçamento e também para a aprovação da obra. “Contratamos um engenheiro que nos auxiliou a encontrar os materiais e as instalações adequadas para minimizar o impacto do som fora do local”, ressalta.
Para quem pretende fazer uma obra de reforma acústica, o síndico dá algumas dicas: avaliação do local, do que se pretende produzir de som, além de análise dos custos da reforma. “Um bom projeto também vai ajudar a definir o que pode ou não ser usado”, completa. Na opinião de Martorell, a contratação de profissionais capacitados ajuda a evitar erros. Os moradores ficaram muito satisfeitos com o resultado e os imóveis foram valorizados. A obra proporcionou bem-estar aos moradores, destacou o síndico.
A arquiteta Glaci Refosco do Nuovo Studio Architettura, de Florianópolis, destaca que para elaborar o projeto acústico de um ambiente alguns itens devem ser levados em consideração: a área, o número de pessoas que utilizarão o espaço e a quantidade de móveis que serão colocados no local.
Outros itens como as aberturas, o tipo de vidro e a vedação também precisam ser analisados por um profissional. De acordo com a arquiteta o uso de tapetes, cadeiras com tecidos e aberturas e esquadrias adequadas diminuem a passagem do som.
O engenheiro mecânico e doutor em acústica Vitor Litwinczik, de Florianópolis, ressalta que antes de iniciar a obra é preciso conhecer o problema, avaliar de que forma o barulho atinge as pessoas e quem recebe o ruído.
Outros itens a serem avaliados são os banheiros, churrasqueiras e luminárias, locais por onde podem escapar o som. “Não é possível o isolamento total, mas é possível reduzir bastante”, explica.
Uma das sugestões é a sobreposição de gesso nas paredes, que pode atenuar o barulho. “Este tipo de material faz menos sujeira durante a obra”, afirma. O uso de janelas com vidros duplos também está entre os materiais indicados.
O engenheiro também destaca ser importante um sistema de exaustão para ventilar o ambiente. Litwinczik reforça ser importante o acompanhamento de um profissional que poderá ajudar a desenvolver o projeto do jeito que os condôminos imaginam, além de contribuir para analisar junto com o síndico qual o desempenho que se pretende com a mudança no ambiente.
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